Acusado de matar namorada filma jovem agonizando e pede reza antes da morte

Um vídeo, que circula pelas redes sociais, mostra os últimos momentos de vida da jovem Vanessa Tito Poquiviqui Ramos, de 21 anos, que morreu no bairro Três Barras, em Cuiabá, no dia 31 de janeiro deste ano.

O namorado, principal suspeito de ter assassinado a vítima, é o suspeito de ter filmado a cena, que tem aproximadamente 15 minutos.

Nas imagens, que não serão divulgadas em respeito à família, é possível notar Vanessa totalmente fora de si. Com falas desconexas, ela repete várias vezes a palavra Deus e não consegue formar uma única frase. Enquanto isto, o acusado a filma, pedindo para que ela se levante: “Por que você fez isso, Vanessa?”, mas sem detalhar o que ela supostamente teria feito.

Mais adiante, a vítima cai da cama em que está deitada. No rosto de Vanessa, é possível notar diversos machucados. Em determinado momento, ele sugere que ela comece a rezar um “Pai Nosso”. Mesmo desorientada, ela ainda tenta acompanhar o suspeito, que parece –em vários momentos – se divertir com a ação.

O Núcleo de Inteligência da Polícia Judiciária Civil já está com o vídeo e o analisa para saber quando foi gravado. O acusado está com prisão temporária (30 dias) decretada pela 2ª Vara de Violência Doméstica de Cuiabá e é considerado foragido da Justiça. Também são aguardados exames toxicológico, alcoolemia, resíduos de pele e unha e necropsia.

Em nota, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informa que tem conhecimento do vídeo que circula em grupos do aplicativo WhatsApp e diz que “em razão das investigações e também em respeito à família da vítima, considera prejudicial a divulgação ou compartilhamento do vídeo, que demonstra clara tentativa do investigado em desmontar a linha de homicídio qualificado como feminicídio, da investigação”.

A mulher de 25 anos foi encontrada morta no dia último dia 31, na avenida principal do bairro Três Barras, em Cuiabá. Preliminarmente, a principal hipótese é que o namorado da vítima tenha cometido feminicídio.

Texto: Wesley Santiago/Olhar Direto