Alvo de operação, Antônio Joaquim suspende aposentadoria
O presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Antônio Joaquim, anunciou que vai suspender a aposentadoria em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou seu afastamento do cargo.
O afastamento foi determinado pelo ministro Luiz Fux, na decisão que resultou na Operação Malebolge, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (14).
Antônio Joaquim está entre os conselheiros citados na delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), como suposto beneficiário de propina.
O conselheiro está de férias e já havia anunciado que deixaria o TCE a partir de outubro, já que pretende disputar a eleição para o Governo do Estado, em 2018.
“Como é de conhecimento público, tinha solicitado a minha aposentadoria do cargo (cujo processo encontra-se em trâmite) para retomar a minha vida político-partidária. A decisão judicial me obriga a suspender tal medida, vez que terei que continuar no cargo (afastado do exercício da função) até que seja concluída a investigação”, disse Antônio Joaquim, em uma postagem no seu Facebook.
Ainda na nota, o conselheiro disse que nunca recebeu qualquer tipo de vantagem indevida e afirmou que, ao longo de sua vida pública, jamais foi alvo de qualquer denúncia de corrupção.
Ele afirmou também que está à disposição do Poder Judiciário e do Ministério Público Federal para esclarecer quaisquer questionamentos.
De antemão, disse que teve sua cidadania “sequestrada” pela decisão do STF.
“Ao longo de 36 anos de vida pública, sempre pautei a minha conduta pela honestidade, legalidade, legitimidade e transparência nos atos praticados. Em muitos momentos da vida, fui até criticado pela dureza e sinceridade, pois nunca fui um homem dado a dissimulações”, disse.
“Tenho profundo respeito pelas instituições e espero que a investigação em curso seja rápida, para que eu possa resgatar a minha cidadania sequestrada por essa decisão”, concluiu o conselheiro.
Veja nota na íntegra:
“Ao longo de 36 anos de vida pública, sempre pautei a minha conduta pela honestidade, legalidade, legitimidade e transparência nos atos praticados.
Sou conhecido pela coerência, franqueza e coragem nos posicionamentos e julgamentos no TCE-MT – onde atuo desde o ano 2000.
Em muitos momentos da vida, fui até criticado pela dureza e sinceridade, pois nunca fui um homem dado a dissimulações.
Faço os enfrentamentos necessários sempre à luz solar e de cabeça erguida, na perspectiva de ser sempre justo e propositivo.
É com essa premissa que recebo a informação do meu afastamento do cargo de conselheiro do TCE-MT.
Tenho profundo respeito pelas instituições e espero que a investigação em curso seja rápida, para que eu possa resgatar a minha cidadania sequestrada por essa decisão.
Estou a disposição do Poder Judiciário e do Ministério Público Federal para esclarecer quaisquer questionamentos.
Sobre as denúncias, reafirmo que nunca recebi nenhuma vantagem indevida para exercer o cargo que ocupo e nunca autorizei qualquer pessoa a falar em meu nome. Lembro que ao longo de toda a minha vida pública nunca fui alvo de qualquer denúncia de corrupção.
Como é de conhecimento público, tinha solicitado a minha aposentadoria do cargo (cujo processo encontra-se em trâmite) para retomar a minha vida político-partidária.
A decisão judicial me obriga a suspender tal medida, vez que terei que continuar no cargo (afastado do exercício da função) até que seja concluída a investigação.”
Texto: Mídia News