Após chacina de 9 em MT, coveiro se antecipa e abre novas covas

Em Colniza, o coveiro Valdinei Carço decidiu se antecipar e passou a abrir covas, no cemitério local, à espera de vítimas de chacina.

“Túmulos à espera de um dono não eram comuns até a última chacina em Taquaruçu do Norte (distrito de Colniza), em 19 de abril, quando nove homens foram executados em disputas de terra. Carço enterrou cinco. ‘Tinha gente demais, até atrapalhava o trabalho”, disse ele, sobre o tumulto daquele dia. Por isso, diz, decidiu se antecipar à próxima chacina, tema de conversas na pacata e hostil Colniza”, afirma o site Repórter Brasil.

A reportagem destaca que, do tamanho dos Estados de Sergipe e Alagoas juntos, com 34.885 habitantes, “Colniza não é para iniciantes”.

O município recebeu o título de mais violento do país em 2007, mesmo ano em que três trabalhadores rurais foram mortos e outros dez, torturados, segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra). 

Em entrevista, o coordenador estadual da CPT, Cristiano Cabral, disse que “a violência impera em Colniza”. O medo, segundo ele, acua até os que lutam pelos direitos da terra, como é o seu caso.

Cabral lembrou de outro crime que chocou a cidade, quando duas lideranças rurais foram assassinadas, depois de denunciarem a ligação de políticos e policiais com a extração ilegal de madeira à Ouvidoria Agrária Nacional.

“Ali tudo gira em torno dos conflitos agrários, que envolvem trabalhadores, grileiros, fazendeiros, empresários, milícias e políticos”, afirmou.

Confira AQUI a íntegra da reportagem do site Repórter Brasil.

Texto: Mídia News