Interpol procura rapaz que matou homem em conveniência

O motorista Maroan Fernandes Haidar Ahmed, de 18 anos, acusado de matar um cliente de uma conveniência em um posto de combustível em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, teve o passaporte cancelado e agora deve ser procurado também pela Interpol.

O G1 não localizou o advogado dele. A decisão é do juiz Wagner Plaza Machado Junior, da Primeira Vara Criminal, que ainda determinou a conversão da prisão dele em temporária para preventiva na quarta-feira (5).

O crime foi registrado em novembro de 2018 durante uma discussão por farol alto. O cliente, Fábio Batista da Silva, de 41 anos, morreu no local.

O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o rapaz pelos crimes de homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Na decisão, o juiz declarou que Maroan ‘demonstra menosprezo e deboche das forças policiais e da Justiça, uma vez que publicou em uma de suas redes sociais fotos falsas com o intuito de obstar a sua localização e conseguinte prisão’.

Foragido, o jovem chegou a postar fotos de praia e outra foto com um prato de camarão em um restaurante com franquia pelo nordeste.

A Justiça levou em consideração o fato de que o jovem não foi preso meses após o crime e salientou que há indícios de que ele saiu da cidade e até, possivelmente, do país.

“Resta proibido ao indiciado deixar o território nacional combinada com a retenção/cancelamento do passaporte junto à Polícia Federal, haja fundada razão para crer que o réu pode tentar se ausentar do país se já não o fez, tendo em vista que é sabido que o veículo que era utilizado pelo investigado na noite dos fatos foi encontrado no pátio do aeroporto municipal”, acrescentou o juiz.

A Justiça aceitou a denúncia do MPE, converto a prisão temporária em prisão preventiva, pois presentes os indícios de autoria e prova da materialidade, bem como, para garantia ordem pública e aplicação da lei penal, dando por prejudicados os pedidos de revogação.

O mandado de prisão também foi enviado à Polícia Interestadual de Mato Grosso (Polinter) e à Interpol.

O juiz também determinou que a Polícia Federal suspenda ou cancele o passaporte do rapaz.

Texto: Denise Soares, G1 MT