Juiz nega pedido de ex-servidor que buscava juntar cheques em ação sobre cartel de R$ 56 milhões

A juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, negou pedido do ex-assessor especial da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Fábio Frigeri, que buscava juntar cheques em processo proveniente da Operação Rêmora, por fraudes da Secretaria de Educação (Seduc).

Frigeri, que é réu, solicitou que o Banco do Brasil enviasse cópias das microfilmagens de todos os cheques narrados na denúncia, devendo informar o nome da pessoa que sacou. Se depositados, a conta favorecida.

Em sua decisão, Ana Cristina explicou que instrução processual foi realizada com a oitiva de quatro testemunhas, um colaborador, três réus colaboradores e mais dois réus, tendo sido inquirido um gerente do Banco do Brasil, que respondeu às perguntas da defesa.

“Desta feita, indefiro o pedido de diligências requerido pela defesa de Fabio Frigeri, uma vez que não entendo como necessárias, ao passo que o que se busca elucidar já foi debatido durante a instrução processual”, finalizou.

O caso

A Operação Rêmora investigou esquema de fraudes em obras de reforma e construção de escolas que inicialmente estavam orçadas em R$ 56 milhões. Diversas empresas compunham, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), cartel capaz de gerar favorecimentos e desvio de dinheiro público.

MPE ofereceu denúncia em desfavor de Alan Malouf, Permínio Pinto Filho, Fábio Frigeri, Wander Luiz dos Reis e Giovani Belatto Guizardi. 

Texto: Arthur Santos da Silva/Olhar Direto