Juíza condena 6 ladrões a devolverem R$ 490 mil a banco

A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, condenou seis membros de uma quadrilha a indenizarem o Banco do Brasil em R$ 490 mil.

De acordo com a ação ingressada pelo Ministério Público Estadual (MPE), Everton Pereira de Oliveira, Jorge Marcelo Souza Nazário, Uesdra de Souza, Antonio Fernandes dos Santos, Josimar Gomes Amado e Jairo Garcia Boa Sorte atuavam em roubos a agências bancárias da Capital e foram presos em 2017, após a deflagração da Operação Lepus.

A Polícia Civil identificou pelo menos três roubos a banco cometidos durante 2016 em Cuiabá, causando prejuízo superior a R$ 2 milhões aos estabelecimentos bancários.

Segundo a juíza Ana Cristina, ficou comprovado que os seis condenados subtraíram R$ 490 mil do Banco do Brasil, em apenas um assalto, e que, por isso, deveriam ressarcir a instituição financeira.

“Condeno, ainda, os acusados Everton Pereira de Oliveira, Jorge Marcelo Souza Nazário, Uesdra de Souza, Antônio Fernandes dos Santos, Josimar Gomes Amado e Jairo Garcia Boa Sorte a indenizar a vítima Banco do Brasil, no valor de R$ 490.039,10 (quatrocentos e noventa mil, trinta e nove reais e dez centavos), cabendo a cada qual a indenizar a quantia total dos danos, dividido por seis, ou seja, proporcionalmente”, diz trecho da decisão.

Além disso, todos também foram condenados entre 19 e 21 anos prisão, pena que deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado.

A Operação Lepus

O Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) deflagrou a Operação Lepus em abril de 2017 e cumpriu, a princípio, quatro mandados de prisões.

Dentre os crimes praticados pela quadrilha está o roubo a uma agência do Banco do Brasil, do Bairro Jardim Industriário, no dia 1º de abril de 2016.

Na ocasião, os assaltantes usaram fardamento militar para entrar na agência sem levantar suspeitas e ficaram por várias horas no local, fazendo os funcionários de reféns.

O nome da operação, “Lepus”, significa “Lebre” e faz referência ao apelido do líder da organização criminosa, Everton Pereira De Oliveira, e seus constantes esforços para esconder sua real identidade. Ao utilizar nomes falsos e outros artifícios ilegais, ele mobilizou um esforço policial maior no sentido de sua completa identificação e qualificação no inquérito policial.

Texto: Jad Laranjeira/Mídia News