MP pede cassação de chapa e quebra de sigilos de Selma e suplente em MT

O Ministério Público Eleitoral protocolou há pouco no Tribunal Regional Eleitoral um pedido para cassar o registro da candidatura ao Senado da juíza Selma Rosane de Arruda e, em caso de vitória no domingo, que seja barrado a diplomação por suspeita de abuso de poder econômico.

“Seja reconhecida a prática de arrecadação e gastos ilícitos de campanha de responsabilidade dos requeridos com a consequente negativa do diploma, ou a sua cassação, se já outorgado, aos candidatos ora investigados, componentes da chapa majoritária, na forma do artigo 30 da Lei das Eleições”, defende a procuradora Cristina Nascimento de Mello, ao pedir que a punição por abuso de poder econômico seja estendida ao primeiro suplente, o produtor rural Gilberto Possamai, e a segunda suplente, a ex-assessora Clerie Fabiana Mendes.

O MPE decidiu fazer os pedidos após solicitar a inclusão na ação de investigação judicial eleitoral movida pelo advogado e também candidato a senador Sebastião Carlos Gomes de Carvalho (Rede). O adversário de Selma pediu que fosse investigada a suspeita de gastos ilícitos e abuso de poder econômico da ex-magistrada após o publicitário Júnior Brasa mover uma ação monitória cobrando cerca de R$ 1,2 milhão da pré-campanha e até mesmo na campanha com marketing.

Além da cassação da chapa, a procuradora pediu as quebras de sigilos bancários e Selma e Gilberto entre abril e setembro de ano. “Deve-se identificar a origem de todos créditos, sobretudo os feitos por meio de cheque ou transferência bancária, e os beneficiários de todos débitos lançados no período”, solicitou ao pedir que o trio fique inelegível por oito anos.

Os pedidos do MPE serão analisados pelo pleno do TRE. O relator é o desembargador Pedro Sakamoto.

Texto: Diego Frederici/FolhaMax