Netflix quer conteúdo global: “Nosso objetivo é ter histórias de todo mundo”

Se há cinco anos a Netflix era uma empresa americana, hoje se considera uma companhia global. Isso porque dos 75 milhões de assinantes do serviço ao redor do mundo, 40% estão fora dos Estados Unidos.

Por conta deste número, a Netflix tem buscado incrementar de forma agressiva as suas produções originais internacionais. Apenas neste momento, o serviço está com séries sendo realizadas simultaneamente em sete países, entre eles Brasil, México, França, Alemanhã e Itália.

“Há cinco anos não tínhamos um executivo voltado para a área internacional e hoje estamos em 190 países. Isso muda como pensamos na produção de séries de TV”, explicou Erik Barmack, vice-presidente de conteúdo original local da Netflix. Ele foi a atração da palestra de abertura de sexta-feira (11), no Rio Content Market, evento que aconteceu nesta última semana no Rio de Janeiro.

Por conta disso, o objetivo do serviço hoje é achar os melhores contadores de história pelo mundo, para que as tramas viagem globalmente. Neste cenário, “Narcos”, com Wagner Moura e José Padilha, é considerado um case. Disponível em mais de 200 países, virou um fenômeno.

Agora, a Netflix prepara-se para colocar no ar uma primeira produção original feita totalmente no mercado nacional. Com o nome de “3%”, a série começou a ser rodada na última quinta-feira (10). Com Bianca Comparato e João Miguel no elenco, ela está sendo produzida juntamente com a produtora Boutique Filmes.

“Nosso objetivo é ter histórias de todo mundo, independente de onde são produzidas e da língua. Nosso plano é sermos agressivos e investir em produções locais ao redor do mundo. A série que estamos produzindo no Brasil será em português. Queremos histórias autênticas em seus mercados”, concluiu Erik.

Atualmente, no Brasil, a Netflix tem quase 4 milhões de assinantes, número este que pode ser maior, já que cada conta permite até cinco perfis diferentes.

Texto: Na Telinha