Otaviano Pivetta defende corte de 50% das secretarias e servidores comissionados

O vice-governador eleito Otaviano Pivetta (DEM) afirmou que há condições de reduzir em pelo menos 50% das secretarias do Governo do Estado e o mesmo percentual de cargos comissionados já no próximo ano. A medida, segundo o vice, será necessária para garantir o equilíbrio das contas do governo.

“Acredito que 50% das secretarias serão fundidas ou eliminadas, e os cargos de confiança são 50% dispensáveis. Nós podemos economizar a partir do Palácio”, disse em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real.

Hoje o governo do Estado possui 24 secretarias, além de empresas públicas e autarquias. Segundo os cálculos de Pivetta, existem 7 mil cargos de confiança nessa estrutura e essa situação tem causado o inchaço da máquina pública.

“Queremos liderar um movimento de governança e boa gestão, em que os municípios sejam contemplados. A máquina está desgovernada, muito cargo sem função. É a pessoa recebendo todo o mês sem entregar nada, em cargos de confiança”.
Ainda segundo Pivetta, a solução para gerar a economia pública é reduzir os gastos até nas situações mais simples, como as viagens ou mesmo na compra de medicamentos, que deverão ser feitas por meio de um consórcio.

“Não é muita coisa, mas são sinais de que as coisas mudaram. O governador não precisa utilizar tanta liturgia. Podemos fazer como empresário e prefeito que fomos, sempre dando um jeito com voo de carreira, ou podemos ir com carros, enfim. Existem muitas oportunidades de economia em todas as áreas”, afirmou.

Já quanto aos cargos efetivos, Pivetta defendeu que deve ser aberto um diálogo com a categoria, a fim de que todos possam trabalhar juntos em prol do Estado, na tentativa de reduzir os gastos e garantir o equilíbrio das contas, sem prejudicar os serviços públicos.

“Os servidores concursados, precisamos fazer um pacto de mutirão por Mato Grosso e chamar essa força de trabalho para essa nova ordem que a sociedade nos deu, que é desempenhar a função de Estado servidor, ou seja, ser mais eficiente, com custo menor e entregar os serviços públicos na qualidade que o cidadão precisa”, encerrou.

Texto: Karine Miranda/Gazeta Digital