Piloto de avião interceptado com 250 kg de cocaína se envolveu em morte de agente da PF

O piloto Haryson Pedrosa Pina, preso após ter o avião em que estava interceptado com 250 quilos de cocaína na região de Salto do Céu, em Tangará da Serra, na tarde de sábado (09), teve participação na morte do agente da Polícia Federal Mário Henrique de Almeida Barros, ocorrida em maio de 2015. Além de Haryson, também foi detido o co-piloto do monomotor, que integra o Exército boliviano.

Haryson fazia parte da quadrilha que tentou roubar um avião em um aeroclube localizado na MT-140, nas proximidades de Sinop (447 quilômetros de Cuiabá). Na ocasião, os criminosos trocaram tiros com os agentes da Polícia Federal. O agente foi atingido com um tiro no ombro, cuja bala acabou se alojando num dos pulmões, o que fez com que ele não resistisse aos ferimentos.

O piloto chegou a ser condenado pela 1ª Vara Federal de Sinop a dois anos e um mês de prisão, mas conseguiu liberdade após ser absolvido pelo crime de tentativa de roubo em maio de 2017.

Interceptação

Conforme o Gefron, o boliviano Aldo Sanches Sandoval e o piloto Haryson Pedrosa Pina, ao realizarem o pouso forçado na área rural, tentaram fugir abandonando a aeronave, mas acabaram sendo detidos. Ambos foram encaminhados à sede da Polícia Federal de Cáceres.

Em seu depoimento aos agentes, o boliviano confirmou pertencer ao Exército de seu país e que aceitou fazer o transporte da grande quantidade de entorpecentes para receber 5 mil dólares, equivalente a R$ 18,5 mil pelo ‘serviço’.

 Com base nos dados já obtidos pelos policiais, a FAB localizou a aeronave retornando da Bolívia. Após o comando para que a aeronave mudasse a rota e pousasse em Tangará da Serra (MT), o piloto desobedeceu a ordem, fazendo o pouso. A carga tinha como destino a pacata cidade de Chapada dos Guimarães.

Texto: Wesley Santiago/Olhar Direto