Policial civil de Sinop é suspeito de assassinar adolescente

Um policial civil da cidade de Sinop é apontado como o principal responsável por assassinar a estudante Rurye Perossi Youssef, de 16 anos, em 17 de setembro de 2016, no mesmo município.

A informação foi revelada pela mãe da menina, a médica veterinária Cristiane Perossi, em uma publicação no seu Facebook. Ela cobrou das autoridades celeridade no processo. Rurye era filha do dentista Reda Mohamed Yussef, um libanês naturalizado brasileiro, que morreu em 2012, vítima de um aneurisma cerebral. O caso dela teve destaque na imprensa nacional.

Em uma publicação, em seu perfil no Facebook, a mãe de Rurye revelou a informação: “O assassino de minha filha é um policial judiciário civil de Sinop. É o que consta no inquérito policial, que agora, depois de tanto tempo, e tantas tentativas em obtê-lo com o delegado Carlos Eduardo Muniz, que se recusou tantas vezes me fornecer, consegui através de advogado, em Cuiabá, junto à corregedoria geral da Polícia Judiciaria Civil de Mato Grosso”.

A médica veterinária ainda acrescenta que “São vários os servidores que receberam a munição que matou minha filha. Não sei se esse indivíduo tem patente alta ou vários rabos presos em suas mãos garantindo sua proteção. É assim que as coisas funcionam neste estado, onde predominam uma reservada classe social podre, suja. Os corruptos e os corruptíveis”, desabafou.

O delegado Carlos Eduardo Muniz informou que “faz um ano que o inquérito foi repassado para a diretoria da Polícia Civil, está com a corregedoria. Tem muito tempo que terminais. Investigamos até certo ponto e tivemos que remetê-lo para a Capita de forma rápida”.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Judiciária Civil (PJC), o último posicionamento referente ao caso é de que uma perícia está sendo realizada em armas de policiais civis apreendidas em Sinop. Eles estão aguardando a finalização desta etapa para dar prosseguimento. O responsável pela investigação é o delegado Alcindo Rodrigues da Silva.

O caso

De acordo com informações da Polícia, a garota estava conversando com um grupo de amigos, no bairro Recanto Suíço, quando três homens pararam em um carro branco, um Gol,  e efetuaram vários disparos.

A jovem foi atingida por dois tiros no pescoço e não resistiu aos ferimentos. Uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) chegou a ser acionada, mas ao chegar ao local constatou o óbito da jovem.

A menina era filha do dentista Reda Mohamed Yussef, um libanês naturalizado brasileiro, que morreu em 2012, vítima de um aneurisma cerebral. À época de sua morte as suspeitas eram de que as motivações para o crime seriam a herança do homem ou ciúmes. Ela foi assassinada a tiros na madrugada de um sábado, 17 de setembro, enquanto conversava com um grupo de amigos na porta de casa, no bairro Recanto Suíço.

As duas possibilidades, no entanto, nunca foram confirmadas por Carlos Eduardo, que, na ocasião, explicou não poder informar os rumos da apuração, para não prejudicar o andamento dos trabalhos.

O caso ganhou repercussão nacional em uma matéria transmitida pelo programa Cidade Alerta, da TV Record, apresentado por Marcelo Rezende.  A narrativa mostra que Rurye havia se mudado de São Carlos, no interior de São Paulo, Sinop pouco mais de nove meses antes do crime.

Texto: Wesley Santiago/Olhar Direto