Presidente do TJ manda apurar denúncia, mas não vê elo de oficiais com Judiciário

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rui Ramos, afirma que o fato dos dois oficiais da Polícia Militar, coronel Alexandre Corrêa Mendes e tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira, se dirigirem à Casa Militar não envolveu servidores, juízes do Judiciário, nem militares cedidos ao Poder Judiciário.

Ressalta que, muito embora a indignação do governador ao enviar ofício informando a situação, tenha razão de ser, assim que recebeu o documento o encaminhou ao então comandante da PM e ao coronel encarregado pelo inquérito militar, bem como à Corregedoria e ao desembargador Orlando Perri (relator), para conhecimento e providências. 

Informa ainda que Perri não se manifestará pelo fato do caso estar em segredo de Justiça. A situação ocorre após a substituição do comandante-geral da Polícia Militar Jorge Luiz de Magalhães, atribuída ao vazamento de informações. O coronel Marcos Vieira da Cunha vai conduzir o cargo, a partir de segunda (26), em solenidade no Comando Geral da Polícia Militar, em Cuiabá.

Conforme o documento de Taques, o coronel Alexandre e o tenente Victor teriam dito aos três secretários Evandro Alexandre Ferraz Lesco, José Adolpho de Lima Avelino Vieira e Airton Benedito Siqueira Júnio, da Casa Militar, da Casa Civil, e de Justiça e Direitos Humanos, respectivamente, para “se prepararem”, pois seriam chamados pelo coronel Jorge Catarino, encarregado do inquérito que apura a prática de grampos ilegais, para uma operação, com mandados de busca e apreensão e de prisão, cujos alvos seriam a Casa Militar e endereços residenciais de servidores do órgão.