Sorriso: tráfico de drogas foi o responsável pela maioria dos homicídios mais recentes

As dívidas ou disputa pelo controle do tráfico de drogas têm gerado uma série de homicídios entre os integrantes e usuários em Sorriso. Segundo a Polícia Civil, a maioria das mortes mais recentes registradas na Capital do Agronegócio tem ligação com entorpecentes, mas em outros casos as vítimas são inocentes e não têm nenhuma relação com a criminalidade.

Conforme o delegado Nilson Farias, boa parte dos autores responsáveis pelos seis homicídios mais recentes registrados em Sorriso já foi identificada. “E a maioria das vítimas tinha envolvimento com o tráfico de drogas. O que ocorre são cobranças de dívidas e desentendimento entre eles”, informou.

Em um dos casos mais recentes foi o que vitimou Wenderson Júnior Mendes, de 23 anos, conhecido como PC. Ele foi morto com mais de 10 tiros na avenida Idemar Riedi, nas proximidades da rodoviária, em Sorriso, no dia 25 de julho. O rapaz possuía antecedentes criminais por crime de homicídio.

Investigadores apontam que o mando de morte partiu de dentro do Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS). Isso porque “PC” estaria devendo dinheiro para traficantes da cidade. “Tudo indica que ele foi atraído por uma emboscada, pois ele conheceu uma mulher pelo Facebook, e ela disse que o espararia na rodoviária”. Wenderson, ao chegar no local, foi alvejado por um homem que estava na garupa de uma motocicleta.

Membros de facção mandam matar

Gabriel Sandro Oliveira Sales, mais conhecido como Pikachu, de 20 anos, que foi morto a tiros no dia 17 de julho, no bairro Vila Bela, em Sorriso, era traficante, segundo a Polícia Civil.

Conforme as investigações, ele não “queria pagar a porcentagem da facção e, por isso, foi morto por dois homens ligados à organização criminosa”.

Também por envolvimento com o tráfico, Policesar de Azevedo, conhecido como Mestre, foi morto no dia 11 de junho, em uma lanchonete na Rua Filadélfia, no bairro São Domingos.

Segundo a PJC, a vítima estava sendo ameaçada pelos traficantes, uma vez que devia dinheiro para vários distribuidores de droga. “Chegou ao conhecimento da polícia da Polícia Civil que a vítima, dias antes de morrer, chegou a ir a uma loja de eletrodomésticos e comprou uma TV em um aparelho de som”. Os produtos seriam entregues para um dos traficantes.

Confira AQUI a reportagem exibida no Cidade Alerta, programa da TV Sorriso (Record TV).

Texto: Luana Rodrigues/Portal Sorriso