Justiça condena à prisão mais de 40 membros do Comando Vermelho

O juiz Marcos Faleiros, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou mais de 40 membros do Comando Vermelho por promover, constituir, financiar e integrar a organização criminosa.

Todos foram alvos da Operação Grená, deflagrada em 2014 pela Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Foram condenados a seis anos de prisão, em regime inicial fechado: Fagner Francisco Elutério Chaves, Fábio Rodrigues, Antônio Marcos Azevedo de Lima, José Ronilson de França, Luiz Cesar Dias de Souza, Luciano Roberto Gonçalves Lagares, Luã Jonathan Delgado Campos, Flavio Dias de Arruda, Aureo Adriano Magalhães da Silva, Diego Trindade da Costa, Geide da Silva, Pedro Mario de Jesus, Paulo César Rosa, Joadir Alves Gonçalves, Alex Silva dos Santos, Gabriel Ítalo da Silva Costa e Valdemilson Lúcio dos Santos Arruda.

Também foram condenados à mesma pena Marcos Antônio de Souza, Manoel Xavier de Paiva, Paulo Roberto Leal, Wislwy Junior Rodrigues Silva Oliveira, Edinaldo de Souza Garcia, Ottoni Campos Azambuja, Mauro Gomes Fernandes, Edmar Ormeneze, Odair Conceição de Oliveira, Juliano Cavalcante Rodrigues, Aldemir de Assis Campos, Carlos Eduardo Inácio de Oliveira, Rafael Bezerra da Silva Oliveira, Francisco Bispo dos Santos Filho, João Bosco Queiroz de Amorim, Joari Martins da Silva, Leonardo Flávio de Souza, Alex Ferreira Dias, Sinval Machado Xavier e Diego Trindade da Costa.

“Todos pela prática do crime previsto no art. 2º, §2º, da lei 12.850/13, sujeitando-os à pena privativa de liberdade 06 (seis) anos de reclusão e multa de 33 (trinta e três) dias-multa, fixando o valor do dia-multa em um trigésimo do salário mínimo, pena que será cumprida em regime fechado, devendo aguardar o trânsito em julgado em prisão cautelar, até decisão de segunda instância, devendo ser expedido mandado de prisão”, diz trecho da decisão.

Já Deivid Magalhães Ferreira, Wesley Jorge Reis de Souza, João Cleber Dias Barbosa foram condenado a cinco anos e quatro meses de prisão em regime inicial aberto, “devendo ser expedido alvará de soltura, salvo se por outro motivo tiver que permanecer preso”.

Na mesma decisão, o juiz resolveu absolver o acusado Elton Marques, “nos termos do art. 386, VII do CPP, pelo princípio do in dubio pro reo”.

A operação

A operação teve início seis meses antes da deflagração e contou com a atuação de mais de 30 delegados e 160 investigadores.

Pelas investigações, o grupo teria sido criado em 2013 e tem ligação com outra organização criminosa do Rio de Janeiro.

Entre os crimes cometidos pelo Comando Vermelho no Estado constam dois assassinatos e um latrocínio, além de tráfico de drogas, roubos, furtos, estelionatos, apologia ao crime e explosões de caixas eletrônicos.

A facção teria participação na explosão do muro da PCE em 2012, quando 35 presos escaparam da unidade, e movimentava mais de R$ 60 mil por mês, com “proteção”.

O nome da operação “Grená” é alusivo à cor utilizada no próprio nome da facção criminosa investigada, denominada “Comando Vermelho”, ou como popularmente é conhecida “CVMT”.

Texto: Thaiza Assunção/ Mídia News