Pai do coronel Novacki é condenado a 3 anos de reclusão por fraudes na gestão Maggi

O juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, condenou a 3 anos de reclusão e indenização de R$ 732 mil, por crime de gestão fraudulenta, Renato Novacki, pai do coronel da Polícia Militar e secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, nome considerado o braço direito do ministro Blairo Maggi.

Ele cumprirá a pena em regime aberto. A condenação foi substituída por duas penas restritivas de direito (prestação de serviço). O processo é proveniente da Operação Ararath. O réu foi absolvido do crime de lavagem de dinheiro, por falta de provas.

O Ministério Público Federal (MPF) detalhou que Novacki agia a mando do então secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso, Éder Moraes, para “lavar dinheiro” na gestão Maggi do Poder Executivo de Mato Grosso.

O empresário contraía empréstimos junto ao Bic Banco Mato Grosso e repassava o dinheiro para o pagamento de dívidas da organização criminosa desbaratada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF) na Ararath.

Os empréstimos eram pagos por construtoras com parte do dinheiro recebido por serviços prestados ao governo do Estado. Valor de R$ 250 mil foi denunciado.

O envolvimento da WM Comunicação, empresa de Renato Novacki, ocorreu em 2008, quando do empréstimo junto ao Bic Banco.

Eumar Novacki, filho de Renato, foi secretário de Comunicação e Casa Civil do então governador Blairo Maggi.

Decisão

Jeferson Schneider enxergou provas suficientes para condenar o empresário. “Quanto à autoria do crime de gestão fraudulenta, a despeito de sua negativa por parte do acusado Renato Novacki, tenho que existem provas suficientes e conclusivas para se afirmar que o acusado conscientemente fez uso de documento ideologicamente falso, crime meio, em coautoria com o Superintendente do Bic Banco, o acusado Luis Xarlos Cuzziol, com a finalidade de obter empréstimo perante a instituição financeira”, afirmou o juiz.

Texto: Arthur Santos da Silva/Gazeta Digital (GD)