PMs de Mato Grosso são presos no Maranhão por manter família refém

Dois policiais militares que fazem parte do efetivo do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) de Mato Grosso foram presos suspeitos de fazerem uma família refém para cobrar uma dívida, em um povoado, na Zona Rural da cidade de Santa Luzia, no Maranhão.

Além dos militares, outros dois homens foram presos em uma ação conjunta realizada pela Polícia Civil Militar do Estado do Nordeste.

De acordo com informações preliminares, o soldado Edoriel Tales Taques Albuquerque e o cabo Wellington Bispo Nunes participavam de uma quadrilha que cobrava dívidas no Povoado Fáisa, Zona Rural da cidade de Santa Luzia.

De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, os suspeitos amarraram, ameaçaram e mantiveram as vítimas de reféns dentro de uma casa.

Em uma das ocasiões, os suspeitos chegaram a atirar. No entanto, a Polícia Militar não informou se uma das vítimas chegou a ficar ferida ou morta.

Os suspeitos foram levados para a delegacia de polícia da cidade para procedimentos necessários.

Outro lado

Rapidamente, após a prisão, o Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso foi acionado pelo comando do Maranhão sobre o acontecimento e a participação dos praças no crime de restrição a liberdade de vítimas do povoado de Santa Faísa.

De imediato, o coronel Henrique Santos, responsável pelo Comando Especializado da PM, confirmou que a dupla serve ao batalhão da Rotam e pediram, no início da semana, folga para resolver problemas pessoais no Maranhão.

O Estado liberou ambos e foi surpreendido com a notícia do crime. Henrique Santos disse que eles serão investigados por crime civil, pois não cometeram crime militar. Ficarão presos no Maranhão e serão julgados pela Justiça daquele Estado.

A Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso irá abrir um Procedimento Administrativo Disciplinar interno para investigar a conduta da dupla. “Esse Procedimento irá decidir se eles irão perder a farda ou não. O julgamento pelo crime, que é crime comum e cometido no âmbito civil, será feito pela Justiça do Maranhão e investigado pela Polícia Civil de lá”, explicou o coronel Henrique.

Texto: Hiper Notícias/Luis Vinícius