Corpo de funcionário soterrado em silo de soja é localizado

Após quase 24 horas de buscas em um silo de soja no município de Nova Maringá, bombeiros localizaram, na madrugada deste sábado, o corpo de Rodrigo Chaves Souza, de 26 anos, que morreu soterrado. 

Desde a última quinta-feira, os bombeiros tentaram localizar o corpo do jovem. O silo precisou ser esvaziado para que os militatares pudessem encontrar o segundo trabalhador que foi soterrado. 

Irmão foi resgatado

No dia do acidente, além de Rodrigo, o irmão dele também estava no local. Porém, Marcos Chaves de Souza, de 18 anos, foi resgatado com vida, ainda na quinta-feira (28), por membros do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) de Sorriso, que chegaram rapidamente após a ocorrência. 

O soldado Neto, do Ciopaer de Sorriso, precisou mergulhar na soja por duas vezes para alcançar o jovem, que abraçou o profissional após o emocionante resgate, que durou cerca de 1h30min. 

“Foi muito marcante aquela situação. Segundo informações, que não sabemos se são verídicas, eles estavam fazendo a manutenção do silo, que veio a desmoronar. Esse sobrevivente percebeu o risco e disse que conseguiu chegar em um local chamado de casinha. Ele só ouviu a voz do irmão e alguns minutos depois não ouviu mais nada. Quando conseguimos retirar todo o corpo dele [Marco] da soja, coloquei ele deitado e o funcionário ajudou muito no momento do resgate. Dei uma garrada d’água e ele começou a chorar e agradecer muito”, lembrou Neto. 

As buscas contaram com o apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) de Sorriso, do Corpo de Bombeiros de Nova Mutum, funcionários da empresa e da equipe de profissionais da saúde de Nova Maringá. 

O capitão Eraldo Moura, copiloto do Ciopaer e comandante do Corpo de Bombeiros de Sorriso, frisou que o trabalho foi resultado de uma ação conjunta. “Mas, se não fosse a expertise [qualidade de especialista] do soldado Neto, talvez ele [Marcos] não teria chance de sair com vida. O soldado fez a análise do cenário e com todos os equipamentos de segurança adentrou o local. Ele foi além das suas atribuições, teve que submergir na soja para fazer ancoragem no braço do jovem. Ele corajosamente executou com maestria essa manobra. A minha participação se resumiu em pegar e pedir os materiais para escoar a soja e fazer a iluminação”. 

Texto: Redação Portal Sorriso