De garota má a ativista humanitária, Angelina Jolie chega aos 40

Ela tem no currículo uma estatueta do Oscar, uma filmografia invejável, uma numerosa família ao lado de um dos homens mais desejados do mundo e uma vida glamourosa. 

Angelina Jolie, que completa 40 anos nesta quinta-feira, não tem do que reclamar. Ela evoluiu de “menina má” de Hollywood no final dos anos 1990 para o posto de diva de Hollywood. Para trás, ficam seus flertes com as drogas, os escândalos sexuais e seus divórcios de Jonny Lee Miller e Billy Bob Thornton.

“Ela possui uma incrível combinação de beleza, inteligência e talento, um triplo triunfo que a transforma em membro de um clube muito exclusivo.

Ela tem a rara habilidade de transitar, aparentemente sem esforço, entre os papéis de mãe, esposa, ativista, atriz, diretora, roteirista, produtora e filantropa, e demonstra grande paixão em tudo o que faz”, diz Paul Dergarabedian, analista de mídia da Rentrak, empresa especializada em medição de audiências digitais.

A cobiçada estatueta do Oscar veio com Garota, Interrompida (1999). A partir daí, Angelina mostrou sua versatilidade com papéis que vão de heroínas de filmes de ação, como Lara Croft: Tomb Raider60 SegundosSr. & Sra. Smith e O Procurado, a histórias mais próximas da sua faceta humanitária, comoAmor Sem Fronteiras e O Preço da Coragem.

Seus maiores sucessos de bilheteria chegaram graças aos filmes de fantasia, especialmente comMalévola, o retorno da Disney ao universo de A Bela Adormecida com uma versão narrada do ponto de vista da vilã. O filme arrecadou mais de 750 milhões de dólares, a maior bilheteria da carreira da atriz.

Outro acerto de Angelina foi se cercar de autores de prestígio em projetos como Alexandre (Oliver Stone), O Bom Pastor (Robert De Niro) e A Troca (Clint Eastwood, que rendeu sua segunda indicação ao Oscar de melhor atriz). Em seguida, ela decidiu se arriscar por trás das câmeras, na direção de Na Terra de Amor e Ódio (2011). 

Os resultados como cineasta vieram com Invencível (2014), seu segundo filme como diretora, indicado a três prêmios do Oscar e sucesso de público, com mais de 160 milhões de dólares em bilheteria. “Angelina soube expandir seus horizontes para além da interpretação. O sucesso de Invencível a coloca em um novo patamar. Agora, ela é vista como alguém que pode atrair os espectadores de qualquer um dos lados da câmera”, disse Phil Contrino, analista do portal BoxOffice.com.

Os louros desse filme colocam Angelina diante de diversas oportunidades, tanto que, dizem rumores, a Marvel estaria interessada em ter Angelina como diretora do filmeCapitã Marvel, primeiro longa de heróis do estúdio protagonizado por uma mulher. Além disso, em novembro será lançado seu terceiro projeto por trás das câmaras, By the Sea, onde contracena com o marido, Brad Pitt.

Para além da vida de estrela do cinema, Angelina tem esforços reconhecidos em apoio a causas humanitárias. 

Como enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), ela viajou por diversos países para promover organizações e atividades em busca de justiça social. 

Também se envolveu em discussões sobre crises humanitárias e deslocamentos em massa de civis com a intenção de chamar a atenção da opinião pública. 

Essas atividades levaram a atriz a ganhar o prêmio humanitário Jean Hersholt – um Oscar honorário – em 2013 e que fosse especulada uma possível fase política, algo para o que ela afirma estar “aberta”.

Angelina também colecionou manchetes quando anunciou, em maio de 2013, que havia se submetido a uma mastectomia preventiva de câncer de mama, e em março deste ano, ao explicar que retirou os ováriose as trompas para evitar a doença que causou a morte de sua mãe, sua avó e sua tia.

 Nas duas ocasiões, quis falar de sua situação para que outras mulheres em risco tomassem conhecimento das opções existentes.

Com tantos caminhos possíveis e o constante desejo de se aprofundar na carreira de diretora, Angelina não deve ter dificuldades de escolher o que seguir. O futuro será o que ela quiser que seja.


(Da redação com agência EFE)

Texto: Revista Veja