Executiva Nacional do PSD irá recorrer ao TSE para que Fávaro assuma vaga de Selma

A Executiva Nacional do PSD, liderada pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, pretende recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o ex-governador Carlos Fávaro, terceiro colocado na disputa pelo Senado no ano passado, assuma a vaga de Selma Arruda (Pode), que foi cassada pela corte na última terça-feira (10).

A informação foi publicada na coluna Painel do jornal Folha de São Paulo nesta quinta-feira (12). De acordo com a colunista Mariana Carneiro, o recurso terá como base a desvantagem numérica de Mato Grosso em relação aos outros Estados.

Atualmente, o PSD conta com nove representantes no Senado e irá lutar para que Favaro fique com a vaga sem a necessidade de outra eleição. O Pleno do TSE determinou com a cassação de Selma, a realização de uma nova eleição, impedindo a diplomação do terceiro colocado no pleito de 2018, o ex-vice-governador Carlos Fávaro.

O colegiado decidiu, nos termos do voto do relator, Og Fernandes, que a Constituição Federal determina uma nova eleição para senador, caso o cargo fique vago, sem suplente para substituir o titular, e faltem mais de 15 meses para o término do mandato.

Na eleição de 2018 dois senadores foram eleitos. Selma, com 678,5 mil votos,  foi a mais votada. Em segundo lugar, ficou Jaime Campos (DEM), com 490,6 mil votos.  Já Carlos Fávaro, com 434,9 mil votos ficou em terceiro e logo provocou o processo que resultou na cassação de Selma.

A decisão do TSE afirma que Selma Arruda e seus suplentes Gilberto Eglair Possamal e Clérie Fabiana Mendes cometeram abuso de poder econômico e o chamado caixa 2 ao realizarem despesas de natureza tipicamente eleitoral no valor de R$ 1,5 milhão, não contabilizadas oficialmente na prestação de contas, inclusive, em período vedado (na fase de pré-campanha).

Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (11), o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE), desembargador Gilberto Giraldelli garantiu que a eleição suplementar não irá acontecer antes do mês de março de 2020 e que custará algo em torno de R$ 9 milhões aos cofres públicos.

Texto: Carlos Gustavo Dorileo/Olhar Direto