Médico acusado de violência doméstica é solto com tornozeleira e vítima recebe botão de alerta

O médico Emilson Miranda Júnior, de 30 anos, que estava preso desde o dia 12 de novembro, em Cuiabá, suspeito de ameaça e lesão corporal contra uma mulher, foi solto nessa quinta-feira (21) após decisão judicial.

O processo tramita em sigilo. Emilson recebeu tornozeleira eletrônica e foi proibido de se aproximar da vítima, que ganhou um botão de alerta.

A decisão é da juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara da Especializada de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá.

Ele responde a vários processos por violência doméstica e tinha sido preso outra vez, em fevereiro deste ano, onde ficou pouco mais de um mês preso.

“Revogo o decreto de prisão preventiva e, visando evitar que ele volte a perseguir a vítima, decreto medidas cautelares determinando monitoramento eletrônico, por meio de colocação de tornozeleira eletrônica”, consta trecho da decisão.

O advogado do médico, Rodrigo Araújo, disse que Emilson nega veementemente as acusações.

Para o advogado, a prisão foi totalmente desnecessária, pois, supostamente as ameaças e agressões ocorreram no dia 22 de outubro, enquanto a vítima somente procurou a polícia no dia 5 de novembro.

“Durante esse período, não houve nenhum fato que justificasse a prisão [dele]”, disse o advogado.

De acordo com a decisão, não havia mais motivos para a manutenção da prisão do médico.

“[Determino] a entrega do botão de alerta à vítima, ficando [o médico] proibido de se aproximar da vítima a uma distância de 500 metros”, finalizou a juíza.

O médico estava no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), recebeu a tornozeleira eletrônica nesta sexta-feira (22) e foi colocado em liberdade.

Texto: G1 MT