Menino autista de 4 anos emociona ao tocar Hallelujah em festa de Natal e vídeo viraliza

Um vídeo emocionante do pequeno Calebe Neves, de 4 anos, tocando no teclado uma versão do clássico Hallelujah na festa de Natal da escola, viralizou nas redes sociais. Durante a apresentação, a criança diagnosticada com grau moderado de Transtorno de Espectro Autista (TEA) mostra todo o talento musical e é acompanhada pelo professor de música Bruno Farias e o coral de alunos. Assista AQUI.

Depois da repercussão do vídeo, Calebe recebeu convite para se apresentar em um shopping de Teresina. A mãe Elisângela Oliveira contou que o incentivo para a música começou com a intenção de contribuir para o desenvolvimento da coordenação motora do filho, em especial das mãos, através da musicoterapia.

“Ele começou a tocar, primeiro pediu uma bateria, eu comprei uma de brinquedo. Em seguida comprei o teclado e percebi que ele realmente tinha jeito. Pega muito fácil as músicas e começou a desenvolver o movimento das mãos”, contou.

Elisângela ressaltou a felicidade de poder presenciar o desenvolvimento do filho. “A partir do momento que você é mãe e seu filho precisa de um acompanhamento especial, você passa a enxergar as coisas de uma forma mais ampla. Achei maravilhoso ver meu filho se desenvolvendo, não foi a questão da apresentação em si, mas a superação dele, entendeu? Não quero meu filho famoso, quero meu filho sendo aceito e respeitado”, ressaltou.

Segundo a mãe da criança, o diagnóstico do transtorno foi dado aos três anos e a musicoterapia foi recomendação médica para ajudar no desenvolvimento da criança.

A mãe contou que além do teclado Calebe toca ainda mais três instrumentos: gaita, violão e bateria. Ele possui também aptidão para leitura e lê desde os três anos.

“Gosta muito de inglês, é praticamente autodidata. Ano passado estava fazendo um curso de inglês e praticava em casa em voz alta, ele tem uma memória de HD, pega tudo e grava em segundos. Conta de um a cem em inglês e, quando quer, pronuncia e escreve, porque tudo é no tempo dele”, explicou.

Texto: G1