Nova onda de calor dispara alerta em 33 cidades de MT

Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de grande perigo à saúde para 33 cidades mato-grossenses em decorrência da umidade relativa do ar abaixo de 12% nesses municípios. Paralelo à situação, Cuiabá voltou a ser encoberta pela fumaça das queimadas devido à mudança dos ventos que circulam pela região pantaneira, onde os incêndios florestais ainda não foram controlados. Segundo o setor de meteorologia do Inmet, situação deve permanecer a mesma até início do próximo mês, para quando está prevista uma forte onda de calor. Chuvas mais volumosas só devem chegar à Capital no dia 10 de outubro.

Após alguns dias sem sentir o incômodo provocado pela fumaça das queimadas, nesta terça-feira (29), os cuiabanos voltaram a notar a cortina resultado de queimadas encobrindo a cidade. Conforme o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), o fenômeno pode estar ligado à mudança no sentido das correntes de ventos no Pantanal, que passou a circular de Poconé (104 km ao sul) para Cuiabá.

As queimadas em terrenos ou vegetações urbanas também podem ser justificativa para a fumaça, já que houve um aumento de 21,4% nas ocorrências do tipo atendidas pelos bombeiros locais.

Estiagem continua

Conforme o 9º Distrito de Meteorologia do Inmet, a última chuva registrada na Cidade Verde ocorreu no dia 23 de maio deste ano. Na semana passada, precipitações isoladas caíram em alguns pontos da Capital, mas, em volume tão pequeno que sequer foi registrado pelas estações do instituto, localizadas na avenida da FEB, em Várzea Grande, e na Universidade Federal de Mato Grosso.

De acordo com o meteorologista Francisco Assis, do Inmet, a população cuiabana só deve presenciar chuvas mais volumosas a partir de 10 de outubro. Até lá, a temperatura deve permanecer entre 38ºC e 42ºC. Além do calor intenso, outra preocupação é o ar seco. A umidade relativa permanecerá abaixo dos 20% por várias áreas do Estado.

Assis explica que a intensa onda de calor ainda pode favorecer a propagação do fogo, piorando a situação das queimadas no Pantanal mato-grossense.

Texto: Elayne Mendes/Gazeta Digital (GD)