Presa por humilhações em padaria responde por 4 crimes parecidos

A advogada Lidiane Brandão Biezok, de 45 anos, foi indiciada por outros quatro casos pela polícia de São Paulo. Com o caso, ocorrido na sexta-feira (20), em uma padaria na avenida Pompéia, no bairro Perdizes, zona oeste de São Paulo, são cinco inquéritos: injúria racial, desacato, resistência, lesão corporal e até furto em uma conhecida loja de roupas.

Há cerca de dois anos, após iniciar uma briga em um bar da zona oeste de São Paulo por não concordar com o valor da conta, Lidiane foi conduzida à delegacia. O dono do estabelecimento viu as imagens da confusão na Dona Deola e ele relembrou do acontecido.

Segundo o proprietário, na época Lidiane jogava copos no chão, o agredia com puxões de cabelo, arranhões e rasgava as roupas. Com a chegada da polícia, ela teria agredido também os agentes.

Assim como no caso antigo, Lidiane afirma sofrer transtornos mentais e fazer uso de medicamentos controlados “eu sou bipolar, eu tenho depressão há 20 anos”. No episódio do furto da loja, a mãe da mulher também alegou os problemas psiquiátricos para justificar o crime.

Após as agressões e humilhações na padaria na última sexta-feira (20), Lidiane foi presa por lesão corporal, injúria e discriminação racial. Passou a noite na delegacia, mas recebeu o benefício da prisão domiciliar.

Lidiane Brandão Biezok, presa após agredir e ofender funcionários e clientes em uma padaria, não tem registro no cadastro nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em um dos vídeos que circula nas redes sociais, a mulher afirma que é “advogada internacional”. 

Por meio de nora, a OAB-SP afirma que Lidiane Brandão Biezok não consta no sistema de cadastro da entidade, tampouco do Cadastro Nacional de Advogados (CNA), mantido pelo Conselho Federal da OAB, que exerce a função de fiel repositório do cadastro de todos os advogados do Brasil.

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que a prisão em flagrante de Lidiane Brandão Biezok foi convertida em preventiva e ela cumprirá prisão domiciliar.

O caso

Funcionários e clientes de uma padaria foram ameaçados e um cliente agredido por uma mulher na noite da sexta-feira (20). Além das agressões, também houveram ofensas racistas e homofóbicas.

O caso ocorreu na Padaria Dona Deôla, unidade da Pompeia, que fica localizada na avenida Pompéia, altura do número 1937, na Pompeia, zona oeste de São Paulo, por volta das 21h00 da sexta-feira.

De acordo com a gerente do estabelecimento, Cleide, durante o expediente Lidiane Biezok, começou a humilhar os funcionários do local. Após presenciarem as ofensas, alguns clientes tentaram defender os trabalhadores.

Em determinado momento, Lidiane passa a xingar também os clientes. Imagens mostram a mulher gritando palavras ofensivas próximo ao rosto de um outro cliente. O homem, aparentemente incomodado, tenta se afastar mas é seguido pela mulher, que continua ofendendo o cliente.

Em outra parte do vídeo, é possível ver a mulher discutindo novamente com os funcionários. “Não estava falando demais porra nenhuma. Por acaso aqui é uma padaria gay?!”.

Na terceira parte das imagens, a mulher ofende novamente o mesmo cliente, joga um objeto em sua direção e, em seguida, começa a agredi-lo e a puxar o seu cabelo. Ela ainda ofende o homem e arremessa novos objetivos.

Segundo a gerente do estabelecimento, Lidiane teve um comportamento agressivo durante todo o episódio. Diante das agressões, a padaria solicitou a presença da Polícia Militar.

Em contato com a assessoria de marketing da Padaria Dona Deôla, uma das vítimas se identificou como artista, alocado em uma galeria de arte. Funcionários e clientes registraram um boletim de ocorrência no 91° Distrito Policial, que se recusou a passar informações.

Texto: R7