Professores põem fim à maior greve da história da UFMT

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso ( UFMT) decidiram em assembleia encerrar a greve da categoria, que durou 139 dias e que já é a maior paralisação da história da instituição.

Dos professores presentes à assembleia, 70 foram favoráveis à retomada das atividades paradas desde maio e seis foram contra o fim da greve. Segundo a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), as atividades dos professores deverão ser retomadas na próxima sexta-feira (16).

Durante a greve, cerca de 20 mil alunos e 1.740 docentes ficaram sem atividades nos campi da UFMT em Sinop, Barra do Garças, Cuiabá e Rondonópolis.

Agora, a Adufmat informou que o calendário acadêmico deverá ser reformulado em função do período em que os professores ficaram parados e deverá ser divulgado em breve. Após essa reformulação, também serão divulgadas as datas de ingresso de novos alunos à instituição.

Entre as reivindicações que motivaram a greve dos docentes estava o reajuste de 27% no salário e a reestruturação de carreiras. Os professores rejeitaram a última proposta feita pelo governo federal de aumento salarial na ordem de 10,8% dividos em dois anos, o que, segundo a Adufmt, significaria um retrocesso para a categoria, uma vez que o acordo prevendo tal aumento se limitaria à discussão salarial. 

Ainda segundo a Adufmat, de qualquer modo a greve proporcionou um avanço político aos professores, que estiveram unidos para refletir sobre a situação da categoria durante a paralisação. No entanto, de acordo com a Adufmat,  mesmo com o fim da greve, o diálogo com a reitoria e as reivindicações locais devem ser mantidas, já que ainda existem reivindicações locais que devem ser tratadas diretamente com a administração superior da UFMT.

E, embora a assembleia desta quarta-feira tenha decidido pelo fim da greve, os professores também aprovaram a criação de um comando de mobilização docente, que deve continuar trabalhando pelas reivindicações da categoria.

A assessoria de imprensa da UFMT informou que a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder se mantém aberta ao diálogo. A universidade, de acordo com a assessoria, respeita os direitos dos trabalhadores.

Texto: G1/MT