Sorriso: serviços do Hospital Regional seguem limitados e dívida soma R$ 9 milhões

Os serviços no Hospital Regional de Sorriso (HRS) continuam limitados. Os pacientes que precisam do serviço de hemodiálise, por exemplo, além de outros, estão sendo transferidos para outras unidades médicas. A diretoria informou, nesta tarde, que a dívida do estado já soma R$ 9 milhões.

Em entrevista coletiva de imprensa, nesta tarde, a diretora Lígia Souza Leite reiterou que os pagamentos de alguns fornecedores e prestadores de serviços continuam atrasados. “Foi pago, nos últimos dias de dezembro, R$ 1,1 milhão aos fornecedores e prestadores, inclusive alguns médicos. Em janeiro não recebemos nada. Estamos em aberto, com  processos protocolados junto à Secretaria Estadual de Saúde (SEC), R$ 4,6 milhões [correspondentes até o dia 30 de novembro]”.

Porém, a dívida é maior. “Em dezembro não foi protocolado, o que corresponde a uma média de mais R$ 4 milhões. Devemos protocolar em janeiro, por volta do dia 9, e a divida do HRS chegará a 9 milhões”, explicou.

Ela afirma que, apesar dos atrasos dos repasses, o salário dos servidores de carreira e dos funcionários contratados estão em dia. “A lavanderia não tem recebido e o serviço está lento. Algumas empresas não receberam e corpo clínico [de médicos] está no terceiro mês sem pagamento”.

Perguntada se o Governo informou o motivo do tamanho atraso, Lígia disse que a Secretaria Estadual de Saúde alegou que o sistema de pagamentos está bloqueado, já que as pendências financeiras de 2016 estão em aberto.

O problema é que alguns fornecedores deixarão de abastecer o Hospital Regional de Sorriso. “Algumas empresas forneceram medicamentos por meio de uma nota fiscal só, mas tem empresas que não fornecerão medicamentos. Temos trocado com outros hospitais para [tentar] manter serviços”.

Por conta dos atrasos, os médicos que integram o corpo clínico têm atendido apenas o ambulatório para o pós-operatório e a marcação de novas consultas está suspensa. “A neurocirurgia é um dos serviços em atraso. O profissional atende parcialmente. Todos os nossos serviços, de certa, forma estão parciais, limitados. A gente está dando atendimento de urgência e emergência, mas os atendimentos eletivos, como cirurgias e consultas, isso está bem reduzido”.

Por esse motivos, alguns pacientes estão sendo inseridos na central de regulação para serem transferidos e receberem atendimento em outras unidades. “A esperança com a chegada da administração do Consórcio de Saúde do Teles Pires é que por existir um contrato formalizado, o repasse financeiro seja mais pontual”, finalizou.

Confira AQUI a reportagem completa no Cidade Alerta, programa da TV Sorriso (Record).

Texto: Luana Rodrigues/Portal Sorriso MT