47% das mulheres sentem que foram rejeitadas para emprego por serem mães ou quererem engravidar

Quase metade das mulheres relatam já terem sentido que foram rejeitadas em uma seleção de emprego por serem mães ou manifestar desejo de engravidar. Além disso, 46% também contam já ter enfrentado alguma dificuldade no trabalho por se ausentarem para resolver algum problema relacionado aos filhos, como consultas médicas. É o que revela uma pesquisa feita com 1 mil profissionais pela empresa MindMiners.

O estudo mostra ainda que 37% das mulheres acreditam que já perderam alguma chance de promoção por causa da maternidade. Entre as principais queixas das profissionais com filhos estão pressão psicológica e preconceito no ambiente de trabalho.

As profissionais que ainda não têm filhos também comentaram que há pressão de empregadores para que a gravidez seja evitada. Essa situação foi relatada por 38% das entrevistadas.

Tempo longe dos filhos

A pesquisa também mostra que a maioria das mães que trabalham deixam as crianças com familiares que não são os pais, na escola, creche ou até mesmo sozinhas. Já 17% dizem que as crianças ficam com o pai ou companheiro enquanto a mãe trabalha. As que deixam com babá ou empregada doméstica são minoria.

Essa situação é motivo de um grande sentimento de culpa para a maioria das mães. 64% dizem que se sentem mal por não passarem mais tempo com os filhos em razão dos compromissos profissionais.

Ainda assim, a maioria das entrevistadas diz que ter filhos não afeta a capacidade das mulheres no trabalho. Outras 55% discordam da afirmação que a maternidade teve um impacto negativo em suas carreiras.

 

Texto: G1