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MT investiga 21 casos de gripe H3N2 em Mutum, Sinop e outras 5 cidades
Mesmo antes da chegada do inverno, Mato Grosso já está estado de alerta para o aumento dos casos da gripe causada pelo vírus influenza. A incidência da doença tende a ampliar neste período e, neste ano, requer atenção especial devido à ocorrência de um novo vírus, o H3N2, que já circulou nos Estados Unidos (EUA) e chegou ao Brasil. Em Mato Grosso, os casos suspeitos de H1N1 continuam avançando. MT também investiga 21 casos de gripe H3N2 em Mutum, Sinop e outras 5 cidades.
Somente nos últimos quatro dias, pelo menos dois novos casos passaram a ser investigados pelas autoridades públicas de saúde do Estado. Um deles foi registrado em Várzea Grande, onde a unidade de pronto atendimento (UPA) do Ipase chegou a ser fechada para desinfecção e para os serviços de limpeza de todos os ambientes e reaberta horas depois. O outro caso, foi em Sorriso, onde o paciente veio a óbito.
Até a semana passada, a Secretaria de Estado de Saúde (Ses/MT) contabilizava 42 casos de influenza. Esta quantidade representa 26,92% do total registrado, em 2017, quando ocorreram 156 notificações, das quais 148 confirmadas e distribuídas entre os municípios de Cuiabá (62), Várzea Grande (19), Rondonópolis (9), Lucas do Rio Verde (06), Sorriso (05), Tangará da Serra (04), entre outros. No ano passado, não houve óbitos.
Já agora em 2018, entre o fim do mês de março passado e o início deste mês, nove pessoas morreram e uma delas teve como causa confirmada o vírus H1N1. Os óbitos ocorrem em Cuiabá, Tangará da Serra, Juína, Várzea Grande e Sorriso, onde neste último fim de semana faleceu a professora Camila Ramos de Souza, 29 anos.
Apesar da certidão de óbito da paciente apontar morte por pneumonia bacteriana, as autoridades públicas de Saúde suspeitam de H1N1 e enviaram os exames da jovem para fora do estado. O resultado deve ser apresentado em até 30 dias.
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Já o caso de Várzea Grande, registrado no início desta semana, na UPA do Ipase, onde deu entrada um paciente com quadro grave de pneumonia e suspeita de gripe H1N1. Exames também estão sendo realizados para confirmar a suspeita. O paciente foi transferido para um leito de UTI de isolamento até que todos os exames necessários sejam realizados e o diagnóstico concluído.
H3N2
No Estado, também estão sendo 21 são investigadas para o H3N2. Conforme dados da Ses/MT, as notificações foram em Cuiabá (09), Várzea Grande (02), Pontes e Lacerda (02), Juína, Nova Maringá, Nova Mutum e Sinop, os quatro municípios com uma ocorrência cada.
O alerta para a influenza foi emitido pelas autoridades públicas ligadas à saúde na semana passada. Segundo a Ses/MT, os escritórios regionais têm auxilia os municípios no atendimento dos casos e no encaminhamento dos materiais coletados para exames que são realizados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). O resultado dos exames deve ser conhecido em até 28 dias.
O serviço de Vigilância Nacional (CIEVS), do Ministério da Saúde também foi comunicado dos casos suspeitos e dos que foram confirmados até o momento. Além disso, o órgão estadual orientou os municípios a realizarem o serviço de bloqueio em todos das famílias dos pacientes atendidos.
A Saúde alerta ainda a população para que ao primeiro sintoma de gripe ou de um quadro de síndrome respiratória aguda grave e que podem evoluir para a influenza, para que procurem imediatamente a unidade de saúde municipal mais próxima, para ser tratado e receber medicamento pelo SUS.
A partir do próximo dia 23 deste mês, o Ministério da Saúde realiza campanha nacional de vacinação contra a influenza. O dia “D” está previsto para o 12 de maio. As vacinas somente estarão disponíveis nos de saúde público a partir do dia 23 deste mês. “Esse tipo de vacina não pode ser estocada porque é fabricada para atacar determinado vírus da doença e para aquele ano de vacinação”, explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Moraes, durante entrevista na semana passada.
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A vacinação terá como público prioritário os idosos, crianças com até cinco anos de idade, gestantes e profissionais da saúde e da educação. Quem não puder tomar a vacina deve se consultar e receber medicamento na rede municipal de saúde. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado impedem a evolução negativa do quadro de saúde do paciente. Já a vacina é aplicada em dose única e combate três vírus diferentes da gripe influenza (H1N1, H2N3 e “B”) e previne a doença.
De acordo com informação da Vigilância Epidemiológica a transmissão dos vírus influenza se dá por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz).
Os sintomas da gripe são febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
O Ministério da Saúde orienta à população a adotar cuidados simples para evitar a doença, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto, não compartilhar objetos de uso pessoal e evitar locais com aglomeração de pessoas.
Texto: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá