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Polícia atua na identificação de mais de 200 lideranças criminosas
Um trabalho silencioso e pouco visto, a Inteligência Policial é uma ferramenta especializada na produção de prova na investigação policial. Em 2016, as provas de crimes levantados pelos profissionais da Diretoria de Inteligência da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso foram responsáveis pela identificação de mais de 200 autores de delitos praticados no Estado.
O acompanhamento diário de organizações criminosas conseguiu antecipar crimes patrimoniais como os roubos (comércio, veículos e bancos) e também evitou homicídios. Esse trabalho, coordenado pela Diretoria de Inteligência, não é visto e muito menos noticiado, ficando restrito aos profissionais que atuam no departamento, mas é uma importante atividade desenvolvida no combate à criminalidade.
Com o trabalho de inteligência, os policiais do “serviço secreto” da Polícia Civil atuaram diretamente na prisão de 101 criminosos, sendo 36 com mandados de prisão; na apreensão 742 quilos de entorpecentes, 22 armas e mais de 800 munições e recuperação de 14 veículos.
O diretor de Inteligência da PJC, delegado Gerson Vinicius Pereira, explicou que a inteligência da Polícia Civil tem buscado a descentralização do serviço, sendo mais uma unidade “mãe”, de suporte aos 23 Núcleos de Inteligências (NI) instalados em delegacias da Capital e do interior. “Desenvolvemos operações pontuais, mas estamos cada vez mais dando poder aos NI’s, para que eles se tornem autônomos, sem deixarmos de ser o órgão central. Hoje fazemos o acompanhamento da criminalidade, detectamos os grupos e repassamos ao NI da região”, disse.
O diretor pontua que o papel da inteligência policial é o de visualizar cenários de crimes, utilizando-se de ferramentas de inteligência tecnológica e humana, para estar um passo à frente das ações criminosas. “Tentamos trabalhar de maneira proativa no sentido de visualizar esses cenários”, afirma.
A Inteligência Policial cumpre importante papel no enfrentamento à criminalidade, desenvolvendo ações no campo preventivo e repressivo. De acordo com o diretor, a inteligência age em nível de assessoramento a crimes de alta complexidade e de difícil elucidação em virtude do número de pessoas envolvidas e também na prevenção com dados estatísticos, análise criminal, para detectar zonas de criminalidade no Estado e depois realizar ações preventivas ou proativas.
“O policial que trabalha na inteligência precisa se acostumar que não irá aparecer. Ele prepara toda a informação e repassa para a ponta. Muitas vezes não é reconhecido”, revela o delegado, que devido ao cargo que ocupa, pouco aparece também.
A Diretoria de Inteligência da Polícia Civil é uma unidade vinculada à Secretaria Adjunta de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
Texto: Redação Portal Sorriso MT com Assessoria