Presidente da AL volta de licença e define medidas contra deputados

Com o retorno do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB) da licença de 5 dias que tirou na semana passada, o parlamentar afirmou que deve se reunir nesta terça-feira (5) em colégio de líderes como os deputados da Casa, para definir qual medida tomar quanto aos deputados citados na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

Diferente de alguns vereadores de Cuiabá que cogitaram a criação de uma CPI para investigar a conduta do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) que foi gravado recebendo dinheiro, os membros do Legislativo estadual aderiram ao lema do “deixa disso” e estão evitando se manifestar sobre o assunto.

Mais de 50% doas atuais deputados foram lembrados nos esquemas delatados pelo ex-gestor. Dos 24 eleitos parlamentares, 15, incluindo Botelho estiveram supostamente envolvidos nas fraudes do peemedebista. A maioria dos mencionados são acusados de receber mensalinho nas últimas gestões para acobertar as irregularidades de Barbosa.

Os deputados Pedro Satélite (PSDB), Sebastião Rezende (PSC), Mauro Savi (PSB), Gilmar Fabris (PSD), Romoaldo Junior (PMDB), Guilherme Maluf (PSDB), Baiano Filho (PSDB), Dilmar Dal’Bosco (DEM) e José Domingos Fraga (PSD) aparecem na lista dos beneficiados com a propina que era destinada para não investigar a atuação do governador.

O deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD) é acusado de negociar propina para conseguir a concessão da rodovia estadual MT-130 que hoje é pedagiada. Os deputados Wagner Ramos (PSD), Silvano Amaral (PMDB) e Oscar Bezerra (PSB) são citados cobrando propina para aprovar as contas do último ano de gestão de Silval e também de pedir dinheiro para não envolver o ex-governador na investigação feita pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa.

Daltinho (SD) aparece como chantagista na delação. De acordo com a declaração, o parlamentar que era suplente na época, teria gravado os colegas falando sobre o recebimento do mensalinho e depois coagido os outros deputados para que ele permanecesse no cargo. Botelho por sua vez é acusado de receber vantagem indevida paga pela empresa FDL, que prestava serviços de gravames de veículos ao Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT).

Texto: Gazeta Digital