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Sorriso: caos no Hospital Regional pode resultar na morte de pacientes e cancelamento de cirurgias
A ação civil pública ajuizada contra o Estado de Mato Grosso para que sejam efetuados todos os repasses em atrasos relativos aos serviços de saúde pública prestado por fornecedores e prestadores de serviço do Hospital Regional de Sorriso (HRS) não foi o suficiente para resolução do problema.
A dívida ainda não foi paga e já faltam medicamentos que podem até implicar na morte de pacientes e no cancelamento de procedimentos cirúrgicos.
O diretor-técnico do HRS, o médico Roberto Satoshi, procurou o Portal Sorriso MT, nesta manhã, para denunciar o problema colossal instalado na unidade médica. “Estamos vivendo uma situação caótica dentro do Hospital, que atende a demanda pertencente à região do Vale do Teles Pires nos casos de urgência e emergência. Portanto, salvamos vidas. Mas o que podemos fazer quando começam a faltar medicamentos, alimentos e insumos básicos?”.
Diante dessa situação nefasta, o diretor foi à delegacia de Polícia Civil de Sorriso para registrar um boletim de ocorrência.
Nesta quinta-feira, ele e os demais diretores do HRS receberam uma notificação da farmácia sobre a falta de medicamentos no estoque. “[Falta no estoque, por exemplo], a Epinefrina (adrenalina), utilizada, principalmente, para reanimação cardio-pulmonar, para reação alérgica grave. O farmaco Atracurio, utilizado em induções anestésicas, é relaxante neuro muscular, essencial para procedimentos cirúrgicos e na UTI [Unidade de Terapia Intensiva]”.
O problema maior é que mesmo que se efetue o pedido dos medicamentos zerados no estoque, o tempo de espera da chegada é demorado. Já os alimentos ainda não acabaram, mas estão prestes a também “desaparecem” do hospital.
Segundo informações, alguns fornecedores do HRS, mesmo recebendo, não vão mais fazer o abastecimento.
Além disso, o serviço de Nefrologia, por exemplo, que não recebe pagamento desde setembro, deve parar de atender no dia 28 deste mês. “Imagina os pacientes que precisam de Hemodiálise diariamente, internados na UTI e nas enfermarias?”, questionou o médico Roberto Satoshi.
Outros serviços também não receberam pagamento desde setembro, como a da Cirurgia e Neurocirurgia. “Tínhamos esperanças [do Estado] quitar, pelo menos, parcialmente. Mas, infelizmente, não ocorreu o repasse”.
Foram bloqueados da conta do Estado R$ 3,1 milhões. Porém, a morosidade judicial ainda não propiciou que o Hospital Regional recebesse o montante. Os documentos sobre essa situação caótica já foram encaminhados à promotoria.
A Secretaria Estadual de Saúde foi procurada pela reportagem do PS, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria.
Confira AQUI a reportagem completa no Cidade Alerta, programa da TV Sorriso (Record).
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Texto: Luana Rodrigues/Portal Sorriso MT