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Aparelhos de esterilização do Lacen estão ‘parados’ há 1 ano
Equipamentos de esterilização encaixotados, com valor superior a R$ 250 mil, aguardam utilização pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-MT), em Cuiabá, há quase 1 ano. Isso porque a estrutura atual do prédio não comporta a instalação dos aparelhos. As embalagens sequer foram abertas.
O Lacen é o principal ambiente de análise laboratoriais durante a pandemia do coronavírus no Estado. Já foram submetidas mais de 56 mil amostras na unidade e outras 3.876 aguardam análise.
A denúncia foi feita por uma pessoa que trabalha na unidade e atestada pela equipe de reportagem do jornal A Gazeta, que foi até o local. As caixas estão depositadas na entrada e nos corredores do prédio do laboratório. As etiquetas da transportadora, uma empresa aérea, ainda estão em muitas delas.
As primeiras caixas a serem vistas, que estão em uma área aberta, mas coberta, são uma termodesinfectora e uma autoclave. Os dois aparelhos são utilizados na esterilização de materiais laboratoriais e cirúrgicos, explica o médico Marcelo Sandrin.
A termodesinfectora foi adquirida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) por R$ 212 mil em um contrato de pregão firmado em setembro de 2018, com duração de 12 meses. As informações quanto à compra foram disponibilizadas no Diário Oficial do Estado. Já a autoclave, fabricada em janeiro de 2019, tem um preço variável de R$ 27 mil a R$ 35 mil.
Adentrando o prédio, há ainda outras caixas empilhadas com os insumos dos maquinários, espalhadas pelo corredor. O Lacen é o laboratório de referência do Estado e, nos últimos 4 meses, o trabalho foi intensificado por conta do coronavírus.
Até ontem, foram processadas 56.072 amostras e dessas, 15.651 (ou seja, 25%) tiveram resultado positivo para a covid19. (Colaborou Aline Almeida)
Outro lado
A diretoria do Lacen informa que o material será instalado o mais breve possível, em outro espaço físico, com a devida adequação específica quanto à parte elétrica. O processo administrativo de locação está em fase de conclusão.
Quanto à compra dos equipamentos, a SES pontua que foi finalizada em 2019 e custou R$ 260 mil.
A Pasta e a diretoria garantem que não há comprometimento dos trabalhos da unidade, que possui outros equipamentos que estão em pleno funcionamento.
Texto: Natália Araújo/Gazeta Digital