Polícia pede prisão de dono; Justiça nega, mas impõe tornozeleira

A Polícia Civil concluiu o inquérito policial que investigou o proprietário da concessionária Sport Cars Multimarcas, acusado de comercializar veículos de luxo e não repassar o dinheiro aos proprietários dos automóveis.

Marcelo Sixto Scheavenin e a esposa Thays Dalavalle foram indiciados por estelionato e apropriação indébita majorada. O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário no final da quarta-feira (17), pela 2ª Delegacia de Polícia do Carumbé.

A Polícia Civil chegou a pedir a prisão de Marcelo, mas Justiça entendeu pela decretação de medidas cautelares, dentre elas o monitoramento por tornozeleira eletrônica,  apresentação de passaporte e recolhimento domiciliar nos finais de semana.

A esposa dele foi apenas indiciada. São mais de 20 vítimas que procuram a Polícia Civil para comunicar que deixaram veículos de luxo na concessionária, para venda consignada, e perderam os bens.

Algumas disseram que chegaram a receber cheques pré-datados e outras perderam tudo. Alguns casos foram enquadrados como estelionato e outros como apropriação indébita. Todos foram reunidos em único inquérito policial. 

Quando interrogados, Marcelo alegou que não tinha a intenção de dar “calote” nas vítimas, mas que de fato usou o dinheiro para pagar contas. Já a mulher justificou somente trabalhar na parte administrativa da empresa e não participava dos negócios.

O caso veio à tona no dia 28 de março, quando a SportCars, que ficava na Avenida Miguel Sutil, amanheceu com as portas fechadas. A empresa entrou com um pedido de autofalência na Justiça de Mato Grosso, alegando incapacidade de pagar uma dívida estimada em R$ 11 milhões. 

Schiavenin já havia tido problemas com a Justiça de outros Estados. Em Pato Branco (PR), ele chegou a ser denunciado por estelionato e apropriação indébita, mas foi absolvido.

Texto: Mídia News