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Polícia prende autores de 4 dos 5 assassinatos de travestis em MT
Dos cinco homicídios de travestis ocorridos este ano em Mato Grosso, quatro já contam com suspeitos presos pela Polícia Civil ou Militar. As mortes ocorreram em Várzea Grande, Sorriso, Rondonópolis e Primavera do Leste. Três casos foram motivados por homofobia, um foi roubo seguido de morte e outro por desentendimento envolvendo dinheiro e droga.
O secretário do Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH), major PM Ricardo Bueno, ressalta que “os boletins de ocorrências com os campos de motivação do crime, nome social e orientação sexual colaboram com a investigação policial”.
A prisão mais recente é de Thiago Marques, 28 anos. Ele é acusado de matar atropelada a travesti Natália Pimentel, de 22 anos. A prisão temporária de Thiago foi decretada pela Justiça e o suspeito foi detido em casa, dia 03 de setembro, no bairro Osmar Cabral, periferia de Cuiabá.
Natália foi morta dia 25 de julho de 2017, em um ponto de prostituição, conhecido como Zero Quilômetro, localizado em Várzea Grande. O crime ocorreu após a vítima se negar a fazer programa sexual por R$ 17.
Sorriso
Em Sorriso, Cleverson Oliveira dos Santos, conhecido como Zico, 28 anos, foi preso pela Polícia Militar, dia 15 de julho, acusado de furto. Após ter sido detido, o homem confessou ter matado, em 02 de junho, a travesti Larissa Valverde, 24 anos.
A travesti foi assassinada com perfurações nas costas, que teriam sido provocadas por uma chave de fenda. O corpo foi encontrado no estacionamento de um supermercado na área central da cidade.
Ainda em Sorriso, a travesti conhecida como Baiana foi morta no dia 06 de setembro. Ela foi encontrada na quitinete onde morava com uma faca cravada no rosto. Um adolescente de 15 anos foi apreendido como suspeito do crime. O assassinato teria ocorrido após uma discussão por conta de dinheiro e droga.
Outros casos
Em Rondonópolis (218 km ao Sul), Valdinei Souza da Silva, 24 anos, foi preso dia 25 de setembro acusado de matar a travesti Tabata Brandão. O suspeito foi encontrado, durante ação integrada das polícias Judiciária Civil, Federal e Rodoviária Federal, em casa (um barraco de madeira), no bairro Pedra 90, no município.
A travesti, de 30 anos, foi morta a tiros, dia 25 de junho, após uma discussão. O suspeito teria xingado a vítima e outras travestis na rua. Tabata, por sua vez, revidou as agressões verbais. O suspeito foi em casa para pegar uma arma de fogo e voltou para cometer o crime.
No município de Primavera do Leste, a 239 km da capital, no dia 07 de abril, a travesti Bianca Gonçalves, de 22 anos, foi vítima de latrocínio – roubo seguido de morte. Bianca estava trabalhando com outras travestis em um ponto de prostituição, às margens da MT-130, quando o crime ocorreu. Nenhum suspeito foi preso até o momento.
Texto: Redação Portal Sorriso com Assessoria