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Veterinária de 31 anos morre no Recife com a doença da urina preta
A Síndrome de Haff, que levou a veterinária Cynthia Priscyla Andrade de Souza, de 31 anos, à morte na quarta-feira (3) é considerada uma infecção rara.
Ele não resistiu após 14 dias internada no Real Hospital Português, em Recife, depois de ter comido peixe contaminado.
A sndrome de Haff causa falta de ar, dormência, perda de força muscular e urina da cor de café, de onde vem o nome popular da síndrome.
Ela é provocada por uma toxina que se forma na carne do peixe malconservado. “A toxina aparece quando não se acondiciona bem o peixe, que é vendido em feiras e peixarias. Quando a carne perde a qualidade e se deteriora, é comum que se formem bactérias e toxinas. A bactéria é perceptível pelo cheiro e pelo gosto ruim, mas a toxina é imperceptível”, explica o médico infectologista Filipe Prohaska, da Universidade de Pernambuco (UPE).
A substância ataca a musculatura e causa intensa dor muscular. “O músculo morre e o rim absorve a parte deteriorada, deixando a urina preta nos casos mais graves. Essa absorção contínua pode lesionar o rim e exigir tratamento com hemodiálise”, explica Prohaska.
Familiares e amigos de Priscyla prestaram homenagens nas redes sociais: “o céu hoje estará te recebendo com muita luz”, escreveu a mãe.
Priscyla teve morte encefálica declarada após passar por exames clínicos de dois médicos diferentes, que avaliaram pressão, batimentos cardíacos e outros sinais vitais.
A paciente foi diagnosticada com a Síndrome de Haff, conhecida popularmente como a “doença da urina preta”.
Texto: R7