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Colégios de MT alertam pais sobre desafio da ‘Boneca Momo’
Semelhante ao desafio da Baleia Azul, que vitimou uma adolescente de 16 anos, no município de Vila Rica, um novo desafio surgiu na internet e tem preocupados os pais. Trata-se da ‘Boneca Momo’, que por meio de mensagens de WhatsApp desafia as vítimas a se enforcarem, ficando o maior tempo que conseguirem sem respirar.
Como medida preventiva, a Rede Salesiana Brasil emitiu um comunicado de alerta às escolas, inclusive a da capital mato-grossense. A Polícia Judiciaria Civil de Mato Grosso (PJC) disse que ainda não registrou nenhuma ocorrência sobre o caso no Estado.
Informações dão conta que o desafio tenha surgido em um grupo de Facebook, onde os participantes eram desafiados a começar a se comunicar com um número desconhecido. Por traz deste número, está uma pessoa que se passa pela ‘Momo’. Essa personagem lança um jogo com desafios que vão do sufocamento até o enforcamento.
A boneca Momo é representada por uma criatura medonha, magra, de olhos esbugalhados, que se assemelha a uma mulher-pássaro e faz referência a uma lenda japonesa. Outro fato apontado é que nessas conversas com a ‘boneca’, as crianças são induzidas a passarem seus contatos e informações para pessoas com perfis falsos que agem de má-fé.
Ao Olhar Direto, a Rede Salesiana de Escolas afirmou que não recebeu nenhuma denúncia sobre o caso, mas emitiu um comunicado para todas as filiais no país, inclusive de Cuiabá, como medida preventiva. “Por isso, alertamos aos pais e/ou responsáveis a estarem cada vez mais próximos de seus filhos e atentos a essa armadilha virtual, que ameaça as crianças e adolescentes, usando de sua inocência, aterrorizando as famílias e retirando a paz da sociedade”, diz trecho da nota publicada no site.
Até o momento, sabe-se que o desafio fez uma vítima fatal em Recife (PE). Uma criança de 9 anos foi encontrada enforcada pelos pais em uma árvore. Ela chegou a ser resgatada e levada para um hospital, no entanto não resistiu e foi a óbito. À polícia, a mãe teria dito que seu filho estaria participando de um jogo e foi induzido a se enforcar.
O delegado da Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), Eduardo Botelho, disse que a questão do auxílio ao suicídio somente se configura crime, passível de instauração de inquérito policial, quando a vítima vai a óbito ou sofre lesão corporal grave.
Para se combater essas práticas de jogos virtuais lesivos, a orientação é que os pais se cerquem de cuidados preventivos, buscando o diálogo aberto com os filhos, colocando filtros de acesso à internet e buscando saber quais as pessoas que conversam com os filhos nas redes sociais, para que eles não sejam vítimas de pessoas má intencionadas, alerta a Polícia Civil.
Texto: Fabiana Mendes/ Olhar Direto