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Estragos nas lavouras causados pela chuva são estimados em R$ 2,4 milhões
Os prejuízos causados nas lavouras de milho pelas fortes chuvas que caíram nos últimos dias em Campo Novo do Parecis deve chegar a casa dos R$ 2,4 milhões. Na soja os cálculos ainda são realizados, uma vez que os produtores não conseguem adentrar nas lavouras diante as chuvas persistirem. Um monitoramento com Veículo Aéreo Não-Tripulado (Vant), uma espécie de drone com três câmeras acopladas, é realizado nas áreas atingidas.
Em torno de 11 propriedades rurais foram atingidas pelas fortes chuvas, iniciadas no dia 09 de fevereiro no município, principalmente as ocorridas no final de semana.
Cerca de três mil hectares chegaram a ficar alagados, porém a água já escoou, conforme a presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, Giovana Velke.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Sebastião Carlos Paim, comenta que relatório prévio repassado pelo Sindicato Rural para a Prefeitura mostra que nas lavouras de milho o estrago provocado pelas chuvas deve trazer um prejuízo de aproximadamente R$ 2,4 milhões. “A última vez que tivemos uma chuva assim em Campo Novo do Parecis foi em 2006. A quebra na produção deverá causar uma retração na economia do município, que é totalmente voltada para a atividade agrícola”.
A chuva permanece caindo no município. De acordo com a presidente do Sindicato Rural, Giovana Velke, os prejuízos ainda são levantados, principalmente nas áreas de milho e milho pipoca. Velke comenta ainda que nesta época também ocorre a semeadura do algodão, enquanto a do girassol entre o final de fevereiro e início de março, visto a cultura “não gostar de chuva”.
“Prejuízo todo produtor de soja que não conseguiu colher nestes dias de chuva vai ter. Porém, isso é relativo, ou seja, vai variar de propriedade para propriedade. No milho tem que esperar se vai germinar o que foi plantado ao menos até a próxima semana”, comenta Giovana Velke, em entrevista.
Monitoramento com Vant
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) deu início na terça-feira, 14 de fevereiro, a um monitoramento das lavouras com um Veículo Aéreo Não-Tripulado (Vant), da GeoSan. O equipamento foi contratado pela Associação e, além das lavouras, deverá sobrevoar as principais rodovias da região.
O gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja, Thiago Moreira, destaca que em três dias choveu quase o previsto para todo o mês de fevereiro. “O volume acumulado entre os dias 9 a 14 de fevereiro foi de 253,4 milímetros, segundo a estação meteorológica do Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD) de Campo Novo do Parecis”.
Moreira pontua que a média é de 275 milímetros para fevereiro, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “Devido a esse volume, não houve escoamento dentro da cidade, fazendo com que houvesse alagamentos e alguns pontos na zona rural apresentaram erosão, além de prejuízos também nas lavouras e em estradas vicinais. Exatamente para se fazer uma avaliação dos reflexos dessas chuvas, o Vant começou a operar”.
A coordenadora da Comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja, Roseli Giachini, explica que o Vant alcança até dois mil metros de altitude e as três câmeras permitem imagens com ótima precisão.
Texto: AgroOlhar