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Advogada é presa suspeita de envolvimento com facção criminosa
A advogada R.W.C.S., 26 anos, foi presa na manhã desta sexta-feira (30), durante a Operação Organización, deflagrada contra a atuação da facção criminosa Comando Vermelho, na região de Cáceres (a 230km de Cuiabá).
A operação, coordenada pela Delegacia Especial de Fronteira (Defron), cumpriu 29 mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão domiciliar contra suspeitos de integrar uma facção criminosa.
A advogada deve responder pelos crimes de falsa comunicação de crime, organização criminosa, associação para o tráfico, estelionato e roubo.
Segundo apurou a delegada Cinthia Gomes da Rocha Cupido, titular da Defron, a advogada realizava levantamentos para os membros do Comando Vermelho realizarem roubo de carros e caminhonetes de luxo em razão de circular em ambientes da alta sociedade cacerense.
Os trabalhos investigativos duraram seis meses e apontaram que a organização era formada em sua maioria por reeducandos de unidades prisionais do Município.
A delegada conta que durante o trabalho de investigação foi possível detalhar o papel de cada membro do grupo.
“A facção criminosa está por trás da prática de crimes como roubo, tráfico de drogas, furtos, receptação, etc. Eles realizavam ‘filiação e batismo’, inclusive com números de suas respectivas matrículas, para a prática de diversos delitos”, afirma a delegada.
Restou comprovado no transcorrer das investigações que as ordens partiam de lideranças presas em Cáceres e eram repassadas para o “Conselho Final” da rua, que na hierarquia da organização, detinha maior poder de comando junto às lideranças intermediárias, intituladas como “vozes finais”, que repassavam as “ordens/visão” aos “disciplinas”, que executavam do lado de fora os crimes.
Em procedimento de busca realizado no interior da Cadeia de Cáceres, conforme a Polícia, foi possível identificar a logística da facção.
Debaixo de uma beliche foi apreendido material da contabilidade de entrada e saída de dinheiro da caixinha e movimentação capitaneadas pelas “lojinhas/biqueiras” (bocas de fumo), que tinham como regra o fato de que os “boqueiros” só podiam fazer a aquisição de drogas de membros da própria facção ou por eles indicados, bem como tabelavam o preço da droga a ser revendida.
A delegada reforça que todas as lideranças foram presas durante a operação, que tem como principal vertente impedir o crescimento e ramificações da facção em outras regiões. Saiba mais.
Texto: Cíntia Borges/ Mídia News