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Governo Taques contratou posto para quitar campanha, diz Malouf
O governador Pedro Taques (PSDB) teria assinado um contrato no valor de R$ 41 milhões com o posto de combustível Marmeleiro para garantir que o saldo remanescente da sua campanha eleitoral de 2014 ao Governo do Estado fosse quitado.
A informação faz parte da delação premiada do empresário Alan Malouf, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril deste ano e tornada pública na última semana. No documento o empresário narrou diversas situações envolvendo supostos crimes de caixa 2, esquemas e pagamento de propina durante a gestão do tucano.
De acordo com o empresário, o posto de combustível Marmeleiro, que revende combustíveis da bandeira Idaza, forneceu combustível durante a campanha, sendo que parte do fornecimento foi devidamente declarado. “Todavia ficou um saldo a pagar, “Caixa 2” e também em aberto na prestação de contas do PDT – partido pelo qual o governador foi eleito”, diz trecho da delação.
Malouf disse ainda que não sabia qual o valor que ainda precisava ser pago, uma vez que o assunto ficou sob a responsabilidade do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, além do empresário Juliano Volpato, proprietário do posto, e o então secretário de Gestão Júlio Modesto.
No entanto, Malouf afirmou que sabe se o valor foi pago ou não. “Esse valor não foi adimplido, mas, em 2015, estranhamente, o atual governo assinou um contrato de dispensa de licitação com a referida empresa, no valor de R$ 41.000.000,00 (quarenta e um milhões de reais)”.
Malouf disse ainda que o posto também participou do Caixa 2 da antiga gestão do governador Silval Barbosa e confessou o pagamento de propina para manutenção dos contratos.
Outro lado – Por meio de nota à imprensa, o governador Pedro Taques negou a prática de irregularidades durante a campanha eleitoral, bem como no exercício do mandato. Disse ainda que vai se defender das acusações no âmbito judicial e restabelecer a verdade.
“Conforme já declarado desde 2016, o governador Pedro Taques nega a prática do chamado “Caixa 2” em sua campanha eleitoral ao Governo de Mato Grosso em 2014 e tampouco autorizou vantagens indevidas a qualquer empresa durante o exercício do mandato. Apesar de citado por delator em acordo de delação premiada, Taques não é réu no processo da chamada “operação Rêmora” e terá direito a ampla defesa nos autos. O governador já constituiu advogados para atuar no processo e garantir que a verdade prevaleça”.
Texto: Karine Miranda/Gazeta Digital