Decriminalización de las drogas en Portugal: 20 años después
Idoso vira réu por envenenar achocolatado e matar criança
A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MP) contra Adônis José Negri, 61, acusado de envenenar um achocolatado e matar o menino Rhayron Christian da Silva Santos, 2 anos, em agosto do ano passado.
A denúncia foi aceita em 11 de maio pelo juiz da 14ª Vara Criminal, Jurandir Florêncio de Castilho Júnior. Adônis vai responder pelos crimes de homicídio qualificado e por motivo fútil.
Ele é acusado de ter envenenado, com o uso de uma seringa, quatro embalagens de achocolatado para evitar que Deuel de Rezende Soares, 27, continuasse furtando alimentos de seu comércio.
No entanto, Deuel furtou o achocolatado e vendeu as caixas para o pai de Rhayron, ao invés de ingerir o produto. Ambos são vizinhos da família de Rhayron, no bairro Parque Cuiabá.
O menino tomou a bebida no dia seguinte e morreu cerca de 10 minutos depois em uma policlínica de Cuiabá. Além do menor, um amigo da família também ingeriu o líquido, ficou hospitalizado e teve que ser submetido a lavagem estomacal.
Adônis ficou preso por 30 dias e solto por decisão do juiz Jurandir Florêncio que, em recente decisão, acatou a denúncia por entender que há indícios da existência do crime por parte de Adonis.
“Diante da existência de indícios satisfatórios da autoria e materialidade da prática do delito, que estratificam a existência de justa causa para a acusação — também conhecida como interesse de agir ou ‘fumus commissi delicti’ —, contidos no presente Inquérito Policial, e diante da tipicidade em tese, dos fatos narrados, recebo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, dando ao acusado Adonis José Negri como incurso nos artigos nela mencionado”, escreveu.
O juiz deu prazo de 10 dias para Adônis responder à acusação, por escrito. No entanto, o oficial de justiça não o encontrou e Adônis só foi oficiado da decisão nesta segunda-feira (5), quando compareceu ao fórum. Rhayron, o autor do furto, que também foi preso na época do crime, não foi denunciado pelo Ministério Público.
Texto: Gazeta Digital