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Jornalista presa por jogar bebida no rosto de policial ganha liberdade mediante tornozeleira e fiança
A juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 11ª Vara Especializada de Justiça Militar e Custódia da Comarca da Capital, concedeu liberdade à jornalista Nildes de Souza e impôs medidas cautelares. A decisão determinou pagamento de fiança e uso de tornozeleira pela mulher.
A mulher mora no interior de Mato Grosso, tem 2 filhos, trabalha como jornalista e tem transtorno bipolar e sofre com alcoolismo, como consta na decisão. Considerando os fatores, a juíza arbitrou fiança de R$ 1.100 a ser paga em duas parcelas. Além disso, ela vai ser monitorada por meio de tornozeleira eletrônica, terá que apresentar comprovante de endereço, está proibida de frequentar bares e boates, além de se recolher entre as 22h e 6h. Ela terá que comparecer aos alcoólicos anônimos por 6 meses.
“Concedo liberdade provisória à custodiada Nildes de Souza, mediante o pagamento de FIANÇA, que mantenho em 01 salário mínimo, em razão das alegações da custodiada de que possui emprego fixo, imóveis e renda de alugueis”, é a decisão.
Nildes foi presa na madrugada no dia 12 após desacatar policiais na Praça Popular. Consta na decisão, com base no boletim de ocorrências, que a acusada estava em um dos bares da região e os militares faziam rondas. Ela jogou um garrafa de cerveja na viatura e os agentes foram até a mulher.
Nesse momento, Nildes jogou a cerveja que estava em seu copo no rosto de um dos policiais, que pulou a grade para prendê-la. Segurança do local também ajudou a imobilizar a mulher, que chutava e se debatia. Além disso, ela gritava em meio à confusão “seus policiais de merda, meu pai é policial federal e vocês vão ver”.
Presa, ela foi levada para a Central de Flagrantes e para o fórum de Cuiabá. Consta na decisão que “a despeito dos antecedentes criminais da custodiada e de ficar demonstrado em audiência o menosprezo dela em relação ao Judiciário, não parecendo se importar com os processos que responde, sendo irônica e destratando a magistrada e o Promotor de Justiça”.
Além do crime de desacato e resistência, ela tem outras 22 passagens criminais de preservação de direito, ameaça, lesão corporal, perturbação, atrito verbal, constrangimento ilegal, vias de fato e injúria real. O caso foi será investigado pela Polícia Civil.