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Jornalista suspeito de importunação sexual e tentativa de estupro tem prisão revogada
O jornalista Leonardo Heitor Miranda, de 38 anos, que foi preso suspeito de importunação sexual, difamação, ameaça e tentativa de estupro, usando perfis falsos, teve a prisão revogada nessa quarta-feira (12) pela juíza da 6ª Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães.
A assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) informou que o processo tramita em sigilo, no entanto, confirmou que a juíza revogou a prisão preventiva de um dos processos.
No entanto, por força de outro mandado de prisão, Leonardo não deverá se ver fora do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), o antigo Carumbé, na capital, onde está preso há mais de três meses.
O G1 não localizou a defesa do jornalista.
Leonardo foi preso no dia 25 de novembro no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, logo depois de desembarcar.
Leonardo descumpriu uma medida protetiva ao se aproximar do local de trabalho de uma das vítimas. À imprensa, o jornalista disse que foi ao prédio comercial para consultar um advogado.
Quase um mês depois dessa prisão, uma equipe da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá (Dedm) cumpriu um novo mandado de prisão preventiva contra o jornalista pelos crimes de estupro tentado e ameaça em um dos inquéritos que tramita na unidade policial.
O caso
Pelo menos 10 mulheres fizeram denúncia contra ele na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.
A prisão foi pedida pela polícia em um inquérito de crime contra a dignidade, que tramita na delegacia. O mandado de prisão foi deferido pela 1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar da Capital.
Leonardo Heitor trabalhava como assessor na Assembleia Legislativa e foi exonerado do cargo após as denúncias.
Nos perfis falsos, o suspeito usava a foto de um homem que mora em Portugal e que seria amigo de um conhecido do jornalista. Em uma postagem no perfil dele no Facebook, ele diz ter registrado um boletim de ocorrência contra o suspeito por uso indevido de imagem.
Ele agia sempre da mesma forma. Ora se aproveitando da proximidade devido à profissão, ora se aproveitando dos contatos que tinha das vítimas para mandar mensagens usando perfis falsos, segundo as vítimas.
À época em que o caso veio à tona, o jornalista disse que conversava com algumas colegas de trabalho, mas que não tinha a intenção de assediá-las.
Texto: G1 MT