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Juíza vai refazer depoimentos de vítimas de golpista
A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, determinou que seja repetida a audiência de oitivas das testemunhas de acusação Assan Fouad Salim e Alexandre da Silva Galindo, vítimas de uma suposta quadrilha que envolveu político, advogados e até um juiz aposentado aplicando golpes de até R$ 50 milhões contra várias pessoas em Mato Grosso através do Soy Group.
O empresário Walter Dias Magalhães Júnior, o ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá e o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima, o pai dele, o juiz aposentado compulsoriamente Irênio Lima Fernandes, e o irmão de Emanuel, o advogado Lázaro Moreira Lima, juntamente com o réu Evandro José, são acusados de integrar a suposta quadrilha. Todos negam as acusações.
Eles foram acusados de aplicar golpes em empresários e produtores rurais utilizando o Soy Group, para atrair investidores com falsas promessas de rendimentos a juros baixos. O esquema foi desmantelado na Operação Castelo de Areia, em agosto de 2016, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil.
De acordo com a juíza Selma Arruda, a repetição da audiência é necessária devido aos problemas no áudio das oitivas, que impossibilitam a compreensão das declarações prestadas pelas testemunhas ouvidas no dia 19 de maio.
Assan Fouad Salim foi a última vítima do golpe, segundo a Polícia. Ele contou ter sido abordado por Evandro José em sua empresa, sob a justificativa de negociar a compra de móveis de escritório a fim de mobiliar a empresa Soy. A compra deu um total de R$ 119,2 mil, porém, apenas R$ 25 mil foram pagos e o empresário ficou com o prejuízo.
“Após análise dos arquivos em audiovisual referentes à audiência realizada na data de 19/05/2017, às 13:30 horas (CD-R de fls.2608) constatou-se problema no áudio das oitivas realizadas, impossibilitando a compreensão das declarações prestadas pelas testemunhas. Assim, se faz necessária a repetição daquele ato processual”, disse a magistrada.
O novo depoimento ficou remarcado para a próxima quarta-feira (7), às 13h30. Apesar das mudanças, as demais oitivas e os interrogatórios já designados ficam mantidos. Em caso do não comparecimento na audiência designada, sem justa causa, poderá ser conduzida coercitivamente e responderá, ainda, pelas despesas do adiamento do ato, sem prejuízo das sanções penais, por crime de desobediência.
Texto: Gazeta Digital