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Mato Grosso tem duas mortes pelo vírus influenza em 2019
Duas mortes causadas por influenza foram confirmadas em Mato Grosso. Conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), até o momento foram diagnosticados 5 casos de H1N1, sendo que um evoluiu para morte no município de Água Boa (730 km a leste de Cuiabá), e um de influenza B, que o paciente também veio a óbito, sendo este da capital. Outras 6 mortes foram causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), enquanto 7 óbitos estão sob investigação.
Ao todo, foram hospitalizados 121 casos de SRAG, 29 foram descartados e 87 estão sob investigações. Dos 5 casos confirmados de H1N1, dois foram registrados em Água Boa, um em Canarana, um em Sorriso e um em Cuiabá. Nenhum caso de H3N2 foi confirmado até o momento.
Paralelo ao cenário de notificações e mortes, está acontecendo a campanha nacional de vacinação contra a influenza, que encerra na próxima sexta-feira (31). De acordo com o vacinômetro do Ministério da Saúde (MS), até a tarde de ontem (24), Estado havia imunizado 74,40% do público-alvo. SES emitiu alerta à população, já que a meta estabelecida pelo MS é de 90%. Dois grupos prioritários que conseguiram atingir a meta em Mato Grosso, foram os funcionários do sistema prisional (140,33%) e as puérperas (90,93%). Piores índices continuam com os servidores da segurança pública (38,84%) e os indígenas (58,70%).
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, até o dia 20 de maio, os municípios com a pior cobertura são, Alto Boa Vista com 12,29%, Colniza com 22, 53% e Nova Canaã do Norte com 29,62%. Já os três municípios com melhores coberturas são, Tapurah com 105,02%, Ponte Branca com 103,03% e São Pedro da Cipa com 100,98%.
O índice de cobertura vacinal em todo o Estado, que abrange 141 municípios, representa a aplicação de 639.947 doses da vacina contra a gripe influenza, de um total de 859.343 pessoas que compõem os grupos alvos da campanha.
Infectologista Zamara Brandão salienta a importância da imunização, pois uma dose previne os três tipos de influenzas (Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B). “A vacina evita até 50% as chances de uma pessoa ser hospitalizada por pneumonia e pode evitar até 75% das mortes por complicações oriundas do vírus”.
A especialista enfatiza que pessoas com alergia a ovo não devem tomar a dose, já que a vacina é contraindicada nestes casos. “A imunização é rápida e pode ser realizada em qualquer posto de saúde da família. Após a aplicação, pode surgir dor no local da injeção, porém, não é comum demais efeitos colaterais”.
Texto: Gazeta Digital