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MT registra mais de 7 mil pedidos de medida protetiva
Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que em 2019 Mato Grosso registrou 7.408 pedidos de medidas protetivas para mulheres. Isso significa que a cada 100 mil mulheres, 433 solicitaram esse tipo de proteção contra os homens com se relacionaram.
Pâmela* tinha um relacionamento de quase um ano com Inácio* quando engravidou. Durante a gestação ele começou a mudar de atitudes, ficou mais agressivo, menos paciente, reclamava mais das atitudes dela.
Mas quando o bebê nasceu as coisas pioraram ainda mais. “Teve uma noite que o bebê estava com cólica e não conseguia dormir, chorava muito. Ele gritou comigo, disse que eu não sabia ser mãe e quebrou uns porta retratos que estavam na estante. Depois disso só ficou mais agressivo”, lembra Pâmela.
Ela decidiu denunciar o companheiro após levar um soco no rosto enquanto estava com o filho no colo. “Eu sempre achava que era uma fase, que ia passar. Sentia medo, mas também não queria que meu filho fosse criado sem pai. Aguentei muita coisa. Ele me bateu e não queria sair de casa, aí denunciei”.
Pâmela faz parte das 7.408 medidas protetivas pedidas por mulheres em Mato Grosso em 2019. Mesmo com a restrição de aproximação, o ex-marido ainda insiste em reatar o relacionamento. “Ele sempre insiste, fala que mudou. Mas minha vó já dizia que depois que se perde o respeito, não dá para recuperar”.
A taxa de medidas protetivas em Mato Grosso, de 433 a cada 100 mil, é maior do que em estados como Goiás (432 a cada 100 mil), Minas Gerais (298), Rio de Janeiro (332) e Santa Catarina (279), por exemplo.
No ano passado, o Poder Judiciário do estado recebeu 1.184 novos casos de violência contra a mulher. Porém, nem sempre dá tempo de “salvar” a vítima e 110 casos de feminicídio foram encaminhados para a Justiça.
*Nomes alterados para proteger a identidade da vítima
Texto: Thalyta Amaral/Gazeta Digital (GD)