Nissan é acusada de obrigar funcionários a usar fraldas geriátrica para evitar ida ao banheiro

A fábrica japonesa Nissan instalada no Mississipi, nos Estados Unidos, é acusada de perseguir sindicalistas e não reconhecer as reivindicações dos trabalhadores.

A entidade sindical no país, United Auto Works Union (UAWU), que convocou uma manifestação no Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano, acusa a Nissan de obrigar funcionárias do Mississipi a usar fralda geriátrica para evitar a ida ao banheiro e, com isso, e a interrupção do trabalho.

“Não somos contrários aos investimentos da Nissan ou às Olimpíadas. Estamos protestando pelos trabalhadores. Queremos que a Nissan respeite as leis trabalhistas”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Waldir Freire Dias.

Na época, a manifestação reuniu representantes sindicais da CUT e da Força Sindical. Ao todo, cerca de 50 sindicalistas do setor automobilístico se reuniram em frente à sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos – Rio 2016, no centro do Rio, para manifestar indignação às condições de trabalho na fábrica da japonesa Nissan no mês de fevereiro.

A empresa é uma das patrocinadoras dos jogos olímpicos.

Condições de trabalho no Brasil

Sobre as condições de trabalho no Brasil não há queixas, disse Waldir Freire Dias. “Por estar há pouco tempo em Resende (RJ), a Nissan mantém conversa com os sindicatos. Mas, nos Estados Unidos, a situação é bem diferente. Uma empresa que se coloca como patrocinadora de um evento internacional, como as Olimpíadas, precisa se posicionar sobre como trata os seus funcionários”, afirmou Dias.

Cerca de 50 sindicalistas do setor automobilístico se reuniram em frente à sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos – Rio 2016, no centro do Rio, em fevereiro deste ano, para manifestar indignação às condições de trabalho na fábrica da japonesa Nissan.

Texto: Folha de São Paulo