Privatização em Portugal: Novas Oportunidades para Investidores
Apresentação traz nudez total de Mateus Solano em cena de tortura
Longe das novelas há dois anos, Mateus Solano voltou com tudo ontem (11). Ele será Rubião, o vilão de Liberdade, Liberdade, nova novela das onze da Globo.
O personagem trai Tiradentes (Thiago Lacerda) no primeiro capítulo da trama, quando surge completamente nu numa sessão de tortura, o que o transforma em um homem cruel. Rubião vai assassinar Antônia (Letícia Sabatella), a mulher de Tiradentes e mãe de Joaquina (Mel Maia/Andreia Horta), e acabará se apaixonado pela filha de suas vítimas mais para a frente.
Não existem muitos registros históricos de Joaquina, a filha de Tiradentes. Na trama, a menina órfã é salva por Raposo (Dalton Vigh), um simpatizante pela luta dos inconfidentes. Ele se sensibiliza com o sofrimento da criança ao vê-la no enforcamento de seu pai em praça pública em 1792, e a leva para Portugal como sua filha, registrando-a com outro nome, Rosa.
Quando volta ao país, em 1808, Joaquina tem um olhar crítico sobre o Brasil e sua situação social e política, principalmente em relação aos abusos da Coroa portuguesa. Com o mesmo senso de justiça do pai, a jovem se rebela e passa a lutar pela independência do Brasil.
Essa é a primeira protagonista de Andreia Horta na TV aberta, atriz que perdeu recentemente dois papéis importantes na Globo por diferentes motivos. Foram o da lésbica Marina (Tainá Müller) da novela Em Família (2014) e de Toia (Vanessa Giácomo) em A Regra do Jogo (2015).
“O momento está muito bom para mim. As coisas se organizaram da maneira mais brilhante possível. Sabe, é aquilo que dizem, que tudo que é seu vem para sua mão na hora certa”, diz a atriz.
Para Andreia Horta, Joaquina é fruto de uma “transa” entre a história e a ficção. “Os pais da Joaquina não eram casados, nem moravam juntos. Joaquina via Tiradentes com pouca frequência, ele tinha sumido no mundo. A mãe o processou por não pagar a pensão. É sério! Os dois primeiros capítulos vão mostrar tudo isso, até mesmo ela presenciando o enforcamento desse pai, e a morte trágica da mãe”, revela a atriz.
Joaquina vive em Portugal durante 20 anos. Ela volta ao Brasil em 1808 junto com a família real que mandou executar seu pai. “Acho que Joaquina é pós-feminista. Ela fala de justiça sem defender uma bandeira.”
Violência e erotização
O clipe de apresentação de Liberdade, Liberdade revela uma novela que terá cenas muito violentas, texto forte falando sobre o contexto histórico da época e apelo sexual por meio de um bordel comandado pela personagem de Lilia Cabral, Virgínia.
Vestida sempre com os seios pulando para fora do vestido, ela encanta os homens por sua sensualidade e inteligência, mas não se limita a isso. Promove os encontros dos rebeldes em seu estabelecimento e é um dos pilares do movimento inconfidente.
Nos primeiros capítulos, Virgínia ajuda Raposo a fugir com Joaquina. Depois, ao conhecer Rosa, a reconhece e tenta trazê-la para o seu lado. Ela esconde que é mãe de Rubião, pois se decepcionou muito com o caminho que o filho seguiu.
Cruel e assassino
A trama vai mostrar rapidamente, no primeiro capítulo, a fase em que Tiradentes foi traído e morto e como Joaquina ficou órfã. Rubião acreditará ter feito o correto com sua confissão, denunciando Tirandentes, por achar que fez o necessário para salvar a própria vida.
O público verá que Rubião é o braço direito de Tiradentes na luta pela independência do Brasil. Ao entregar o parceiro à família real portuguesa, Rubião tem a vida poupada. Ao tentar resgatar um saco de ouro que deixou com Antônia (Sabatella), acaba a assassinando durante uma discussão. Depois da passagem de tempo de 20 anos, Rubião se torna o intendente de Vila Rica para defender os valores da Coroa portuguesa no local.
Ele mora sozinho com a governanta Anita (Joana Solnado), com quem tem uma relação bem íntima, apesar de não nutrir sentimentos por ela. Quando Rosa chega à cidade, sem saber que ela é Joaquina, filha de suas vítimas do passado, a atração é imediata.
Segundo o autor Mario Teixeira, esse personagem não existiu, é ficcional. Apesar de ter se sentido livre para escrever a história, que desenvolveu a partir do argumento de Marcia Prates, baseado no livro Joaquina, Filha de Tiradentes, o novelista afirma que essa é a história de uma mulher que vive nesse período conturbado, em que o Brasil deixa de ser colônia e passa a ser a capital do império.
Mas é uma novela. Por isso, tem os romances dentro do contexto histórico da vinda da família real para o Brasil. A novela das onze mostra ainda a ausência de medicina, de saneamento, de água encanada, o que fazia as pessoas serem mais rudes e sofridas.
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Texto: Notícias da TV