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Preso há 1 mês, Eder segue sem perspectiva de soltura
Completou um mês nesta sexta-feira (1) a segunda passagem pela prisão do ex-secretário de estado Éder Moraes por força das investigações o suposto esquema de crimes financeiros alvo da operação Ararath, da Polícia Federal (PF). Na primeira vez em que foi preso por conta da operação, em maio do ano passado, Éder passou 81 dias em reclusão até ser liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, completa mais um mês em cárcere e ainda sem perspectiva de soltura por meio de Habeas Corpus.
Ex-secretário da Fazenda estadual, da Casa Civil e da Secretaria da Copa, Éder Moraes é investigado e acusado de liderar um esquema de transações financeiras clandestinas que teria perdurado por anos envolvendo membros do alto escalão do governo estadual, bem como parlamentares e empresários.
Atualmente, ele responde a quatro ações penais na Quinta Vara da Justiça Federal em Mato Grosso por força das investigações que apontaram seu envolvimento no esquema. Éder já tentou também afastar dos processos o titular da Quinta Vara, o juiz Jeferson Schneider, mas ainda sem sucesso. Os pedidos de exceção de suspeição foram negados pelo juiz e encaminhados ao tribunal.
Além desta medida, a defesa do ex-secretário também vem tentando obter um Habeas Corpus para que ele seja liberado do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
O pedido já chegou a ser negado, mas a defesa agora insiste no mesmo pedido, desta vez junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
Segundo já afirmou o advogado Ronan Oliveira, um dos que defendem o ex-secretário, o intuito é insistir no tribunal antes de tentar outras instâncias em favor de Éder.
Apesar de não ter conseguido ainda a soltura, Éder já chegou a deixar o Centro de Custódia desde a prisão no dia 1° de abril. Sob escolta, ele compareceu a uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Assembleia Legislativa para apurar indícios de irregularidades nas obras da Copa e no projeto bilionário de implantação na região metropolitana do metrô de superfície Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Por ter presidido a Secopa, Éder foi convocado para prestar esclarecimentos a respeito do que sabia em relação aos projetos, mas negou a ocorrência de qualquer irregularidade durante sua gestão. Após o depoimento, ele teve de retornar imediatamente ao CCC.
No centro de custódia, Éder tem dividido a cela de 16 metros quadrados com outros dois presos, de acordo com a Secretaria de estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). A cela tem capacidade para quatro pessoas, contando com um ventilador e uma televisão.
Texto: G1