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Produção de veículos no Brasil recua 15,3% em julho
A produção brasileira de veículos, incluindo automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus, recuou 15,3% em julho, na comparação com o mesmo período de 2015, segundo dados divulgados pela associação de fabricantes (Anfavea) nesta quinta-feira (4).
No total, saíram das linhas de montagem instaladas no país 189,9 mil veículos no mês passado, contra 224,1 mil no mesmo mês de 2015.
Houve leve alta de 4,7% sobre o nível de junho, que teve 181,4 mil veículos fabricados. Foi o segundo melhor mês do ano, atrás apenas de março. No entanto, o volume é o pior resultado para o mês de julho desde 2004.
De janeiro a julho, a fabricação de 1,2 milhão de unidades, representa encolhimento de 20,4% em relação ao mesmo período do ano passado, que teve 1,51 milhão. Também é o pior desempenho do setor nos primeiros 7 meses do ano desde 2004.
As vendas apresentaram uma leve recuperação de 5% sobre junho, mas ainda acumulam recuo de 24% no ano, de acordo com dados da federação de concessionários (Fenabrave).
“Esse foi o melhor mês do ano, mas ainda não conseguimos afirmar que é uma recuperação”, afirmou Antonio Megale, presidente da Anfavea.
Exportações
Enquanto o mercado nacional não se recupera, as exportações se tornam mais importantes para as montadoras. Em julho, 45.552 unidades foram mandadas ao exterior, o que significa um aumento de 61% em relação ao mesmo mês de 2015, quando 28.296 veículos foram exportados.
Nos primeiros 7 meses do ano, as exportações cresceram 20%, chegando a 272.205 unidades, contra 226.751 de um ano antes.
“A possibilidade de exportação é uma alternativa importantíssima para utilizar a capacidade ociosa da indústria, que está em cerca de 50%”, afirma Megale.
Emprego
Em 1 ano, 8,9 mil vagas diretas foram fechadas no setor automotivo, o que representa 6,6% dos 135 mil que trabalhavam no setor em julho do ano passado.
“(Houve) redução de 1.200 postos de trabalho de junho para julho. Todas as empresas estão usando ao máximo a capacidade de flexibilização, como lay-off e PPE, com o objetivo de manter os empregos”, afirmou Megale.
No final de julho 26 mil dos 126,8 mil funcionários do setor estavam com alguma restrição na jornada de trabalho, sendo 21 mil no Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que reduz também os salários, e 5 mil em lay-off (suspensão temporária dos contratos).
Anfavea pediu ao Ministério do Trabalho que o PPE se torne permanente; por lei, vale até 2017
O presidente da Anfavea diz que a entidade pediu ao Ministério do Trabalho que o PPE se torne permanente: pela lei que criou o programa, ele termina em 2017.
Em 3 anos, o nível de emprego na indústria encolheu quase 20% e pode diminuir ainda mais. Em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Volkswagen e Ford fizeram recentemente novos acordos para evitar demissões em massa, com renovação do PPE, mays lay-offs e planos de demissão voluntária (PDVs).
A Volkswagen diz ter um excedente de cerca de 3,6 mil funcionários na fábrica Anchieta, que produz Gol, Saveiro e Jetta. Já a Ford considera ter 2 mil empregados além do necessário em São Bernardo.
Previsão para 2016
As fabricantes esperam que a produção se recupere nos próximos meses e feche o ano com variação negativa de apenas 5,5% em relação a 2015, com 2,29 milhões de unidades. As vendas, no entanto, devem ter queda forte de 19%. Já as exportações devem subir 21,5%, segundo estimativas da Anfavea.
Texto: G1