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Savi e Botelho deixam explicações sobre propina para depois
Alvos de mandados de busca e apreensão em suas residências e gabinetes na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), os deputados Mauro Savi e Eduardo Botelho (ambos do PSB) não vão se manifestar sobre a operação Bereré, deflagrada na madrugada desta segunda-feira (19) contra eles e que apura esquema de propina no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), no período em que Silval Barbosa era o governador do Estado.
Procurados, os parlamentares, por meio de suas assessorias de imprensa, informaram que iriam se posicionar ainda nesta segunda-feira, sendo que Botelho falaria no período da tarde.
Por volta de 9h55, a assessoria jurídica de Mauro Savi informou à reportagem, que se encontra na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), que somente a Presidência da Assembleia Legislativa falaria com a imprensa a respeito da operação.
O deputado Eduardo Botelho, por sua vez, que é o presidente do Legislativo estadual, informou, por meio de assessoria, que as explicações sobre o caso somente serão dadas durante uma coletiva a ser realizada na terça-feira (20), em horário ainda a ser confirmado. Isso porque ele vai viajar para Sinop (500 Km ao Norte de Cuiabá), ainda nesta manhã, para participar de agenda relacionada à agricultura familiar.
Savi e Botelho são os principais alvos da operação Bereré, juntamente com o ex-deputado federal Pedro Henry, servidores e a empresa FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda. Dentre os servidores, está Dalton Vasconcelos, que está na Defaz e informou que trabalha para Eduardo Botelho. Conforme apurado, ele também já trabalhou no Detran nos anos de 2001 e 2002.
Os mandados judiciais foram expedidos pelo desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e foram cumpridos nesta manhã em Cuiabá, Sorriso e Brasília, pelo Gaeco e pela Polícia Judiciária Civil, com apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar.
Os parlamentares são citados nas delações premiadas do ex-governador Silval Barbosa, seu irmão Antônio Barbosa e seu ex-chefe de gabinete Sílvio César Corrêa Araújo como beneficiários de um esquema de propina de R$ 1 milhão, valor pago pela FDL através de um empresa de Cuiabá e “laranjas” ligados aos políticos.
Texto: Celly Silva/Gazeta Digital