‘Acabaram com a minha vida’, diz mãe de bebê morta em atropelamento

A mãe da bebê Maria Louise Araújo Azevedo, de oito meses, que morreu em um atropelamento na Praia de Copacabana, pediu que o motorista responsável pelo acidente, Antonio de Almeida Anaquim, de 41 anos, responda pelo caso. “Acabaram com a minha vida”, disse Niedja da Silva Araújo.

A criança e a mãe além de outras 15 pessoas, foram atropeladas por um carro que invadiu o calçadão e parou somente na areia.

Ela estava dentro de um carro, sentindo muitas dores. A família não conseguiu a liberação do corpo no Instituto Médico-Legal (IML) porque a certidão da criança molhou em uma chuva e rasgou. A família terá que tirar um novo documento para fazer a liberação.

Detran-RJ afirma que motorista omitiu sofrer de epilepsia

O motorista omitiu que tem epilepsia quando tirou carteira de habilitação, informou o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RJ) nesta sexta-feira (19). Anaquim disse à polícia que teve um ataque epilético ao volante e perdeu o controle do carro.

A mulher que acompanhava Antonio no veículo confirmou a versão de que ele desmaiou depois de ter o ataque. Outras testemunhas já foram ouvidas pela Polícia Civil.

Segundo o Detran, pessoas com epilepsia podem ter CNH. No entanto, precisam passar por uma avaliação neurológica antes de tirar o documento, e o exame médico tem validade menor. Os motoristas com epilepsia só podem ter habilitação na categoria B, para carros.

Ainda de acordo com o Detran, Antonio estava com carteira suspensa desde maio de 2014. No entanto, ele não cumpriu a determinação de devolver o documento e fazer um curso de reciclagem. Por dirigir e continuar a cometer infrações com a CNH suspensa, o órgão instaurou um processo de cassação do documento.

Texto: G1 Rio